Na primeira semana de “Três Graças”, o cantor Belo, 51, ganhou destaque nas redes sociais após aparecer bêbado em cena, encarnando Misael — seu primeiro personagem em folhetins. Para o papel, o músico buscou inspiração no próprio pai, José Rodrigues, que também enfrentou problemas com álcool.
“Durante o processo criativo, procurei me inspirar na minha vivência mesmo. O mais difícil é fazer um personagem que fica bêbado porque eu não bebo nada alcoólico, mas eu vivi isso dentro de casa com o meu pai, que era um homem alcoólatra. Eu vi isso de perto, então posso dizer que minha inspiração também vem dele”, conta em entrevista à CNN.
Assim como Misael, o pagodeiro também nasceu na periferia de capital paulista, e entende o valor de retornar a esse espaço, mas em um contexto completamente diferente.
“Eu sou um artista periférico, da zona sul de São Paulo, ali da Saúde, conheço tudo e vivi essa realidade. Acho importante a gente retratar, em um espaço tão nobre, a realidade brasileira e me sinto honrado em poder ser um representante na TV assim como fui e ainda sou na vida”, diz.
“Eu estava muito apreensivo”, diz Belo sobre estreia em “Três Graças”
Ainda à CNN, Belo diz estar muito feliz com a repercussão do público. “Eu estava bem apreensivo porque eu nunca fiz uma novela, né? Eu fiz as sérias, mas uma novela, das 9h, do Aguinaldo Silva, aí o bicho pega”, brinca.
“Mas, eu estou amando, muita gente me para e brinca que é a novela do Belo, que estão surpresos com a minha atuação. Mas eu preciso destacar esse elenco é maravilhoso e só me ajuda, meu parceiro de cena é o Marquinhos Palmeira, sabe? Eu estou muito feliz com a oportunidade”, acrescenta.
Se na trama, Misael é o grande amigo de Joaquim (Marcos Palmeira), longe das câmeras, a parceria e cumplicidade entre os atores também se mantém. “Ele é um cara sensacional, um ser de muita luz que está me ensinando muito. Eu quero ele para a minha vida”, afirma Belo antes de entregar o que tem em comum com o personagem.
“Eu acho que o amor que ele carrega dentro dele, se parece muito comigo. Nós dois somos pessoas muito afetivas. E se eu pudesse dar um conselho a ele seria para não desistir de lutar por justiça, e não deixar o Ferette [Murilo Benício] sair impune”, se diverte por fim.
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