Armazém da OMS é atacado por militares israelenses em Gaza

A residência dos funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o principal armazém em Deir al-Balah, no centro de Gaza, foram atacados por militares israelenses na segunda-feira (21), informou a organização.

Tanques israelenses entraram em Deir al-Balah na segunda-feira (21), pela primeira vez desde o início da guerra de 21 meses, de acordo com relatos da mídia.

O principal armazém da OMS foi danificado após um ataque que causou explosões e incêndios em seu interior, disse a organização, como “parte de um padrão de destruição sistemática de instalações de saúde”. O armazém foi posteriormente saqueado por “multidões desesperadas”, de acordo com um comunicado da OMS.

A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel para comentar.

A residência da equipe da OMS também foi atacada três vezes, disse, com funcionários da equipe e suas famílias, incluindo crianças, “expostos a grave perigo e traumatizados depois que ataques aéreos causaram um incêndio e danos significativos”.

Mulheres e crianças foram forçadas a deixar o local pelas tropas israelenses, enquanto os homens foram “algemados, despidos, interrogados no local e revistados sob a mira de armas”, de acordo com a OMS.

Quatro pessoas foram detidas pelas forças israelenses, e três foram liberadas posteriormente, disse o comunicado.

“Com o armazém principal inoperante e a maioria dos suprimentos médicos em Gaza esgotados, a OMS está severamente limitada em dar suporte adequado a hospitais, equipes médicas de emergência e parceiros de saúde, que já sofrem com escassez crítica de medicamentos, combustível e equipamentos”, disse a organização.

A localização de todas as instalações da OMS é conhecida por todas as partes relevantes no conflito, continuou, acrescentando que a OMS permanecerá em Deir al-Balah para “entregar e expandir suas operações”.

“A OMS está consternada com as condições perigosas sob as quais os agentes humanitários e os profissionais de saúde são forçados a operar. À medida que a situação de segurança e o acesso continuam a se deteriorar, as linhas vermelhas são repetidamente ultrapassadas e as operações humanitárias são empurradas para um espaço de resposta cada vez menor”, afirmou a organização, apelando à libertação de um membro da sua equipe, à proteção da sua equipe e das suas instalações, e à autorização para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza sem impedimentos.

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *