Depois de algumas semanas turbulentas, o apresentador Jimmy Kimmel, 57, levará seu programa para a Costa Leste por uma semana, onde vai receber uma lista de convidados que inclui até um colega apresentador de late-night.
“Jimmy Kimmel Live!”, que normalmente é transmitido de um estúdio em Hollywood, Califórnia, será exibido a partir da Brooklyn Academy of Music durante uma semana de programas especiais.
Os convidados incluem Stephen Colbert — cujo próprio talk show noturno, baseado em Nova York, foi cancelado no início deste ano — Spike Lee, Tom Hanks, Bruce Springsteen, Ryan Reynolds e Emily Blunt.
Kimmel brincou no programa desta quinta-feira (25) à noite dizendo que “o que temos que fazer agora é ficar em movimento para que a FCC não consiga nos alcançar.”
Nesta sexta-feira (26), a Sinclair, um dos dois grandes grupos de emissoras que suspenderam o programa no início deste mês, afirmou que o trará de volta.
O outro grande grupo de emissoras que bloqueou o programa, a Nexstar, não respondeu imediatamente ao pedido da CNN sobre seus planos.
A lista de convidados para a temporada no Brooklyn vem logo após o retorno do apresentador ao programa na terça-feira, depois de quase uma semana de suspensão em meio a pressões do governo de Donald Trump e após comentários de Kimmel sobre o suposto assassino de Charlie Kirk, que levaram a ABC a interromper a produção.
A ABC — a rede pertencente à Disney que exibe o programa noturno – anunciou inicialmente na semana passada que o programa de Kimmel estava suspenso “por tempo indeterminado”, depois que o apresentador disse que a “gangue Maga” estava “desesperadamente tentando” caracterizar o suposto assassino de Kirk, Tyler Robinson, “como qualquer coisa que não fosse um deles.”
Kimmel também afirmou que os leais a Trump estavam “fazendo de tudo para marcar pontos políticos” com o assassinato.
A suspensão gerou especulações de que o apresentador – cujo contrato termina no próximo ano – não retornaria mais ao programa.
Mas, na terça-feira, ele fez um retorno poderoso e emocionante, defendendo a liberdade de expressão e ironizando tanto Trump quanto os que tentam censurar seu programa.
“Este programa não é importante”, disse Kimmel ao público. “O que importa é que vivamos em um país que nos permite ter um programa como este.”
Ele também abordou os comentários que levaram à suspensão, dizendo que não foi sua “intenção fazer pouco caso do assassinato de um jovem.”