Nas últimas horas, um grupo de aliados de Jair Bolsonaro e pessoas próximas ao deputado Paulinho da Força (Solidariedade) passaram a tratar da possibilidade de contemplar o ex-presidente na proposta de anistia com redução da prisão em regime fechado.
Inicialmente, a ideia considera reduzir para menos de dois anos o tempo que Bolsonaro passaria na prisão.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou o ex-presidente e seus aliados a penas que variam entre 16 e 27 anos de prisão. Os réus ainda podem recorrer da decisão.
De acordo com articuladores, os detalhes da proposta ainda estão em discussão e serão repassados a Bolsonaro.
Na próxima segunda-feira (22), o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, deve encontrar o ex-mandatário para uma conversa sobre articulações para o projeto.
A redução da pena, no entanto, ainda não é consenso entre bolsonaristas.
Nos últimos dias, o próprio líder do PL endossou o coro pela defesa de um projeto que abra caminho para uma anistia ampla e irrestrita, o que já foi negado por Paulinho da Força.
Nos bastidores, pessoas próximas a Bolsonaro defendem que os dois discursos sejam mantidos.
Enquanto um grupo defende a anistia ampla, outro negocia benefícios ao ex-presidente a partir da dosimetria das penas.
Apesar de estar ciente do movimento, o dirigente do Solidariedade tem relatado irritação com o tom das críticas recebidas dos bolsonaristas.
O incômodo de Paulinho vem do fato de o nome dele ter sido validado pela sigla para relatoria do projeto.