Andy Byron: como denunciar quando o funcionário do RH é o problema

O CEO da Astronomer, Andy Byron, foi flagrado vivendo momentos românticos com a chefe do RH da companhia durante um show do Coldplay no Gillette Stadium, no estado norte-americano de Massachusetts, na quarta-feira (16). Além das implicações morais internas da empresa, os dois são casados com outras pessoas, o que indica um caso extraconjugal.

O caso viralizou nas redes sociais e ganhou força conforme a internet foi revirando a vida dos envolvidos. Um dos funcionários, por exemplo, falou sobre o ambiente tóxico alimentado por Byron na empresa. Com a escalada, dúvidas surgiram:

  • É correto o CEO de uma empresa viver uma relação afetiva com um subordinado?
  • Quais as implicações internas que o caso oferece para a Astronomer?
  • Se a chefe do RH está envolvida no caso, para quem os funcionários podem recorrer?

Pensando nisso, a CNN ouviu Madalena Feliciano, que é consultora executiva de carreira, especialista em desenvolvimento humano e coach de líderes e equipes. A empresária explicou que as empresas não possuem permissão legal para proibir relacionamento entre funcionários, que estão protegidos por direitos constitucionais como a privacidade e a intimidade. É possível, no entanto, estabelecer regulações dentro do ambiente de trabalho, o que não é o caso de Andy Byron e Kristin Cabot.

 

Os reflexos do relacionamento, contudo, devem ser balizados, como a criação de conflitos de interesses, o favorecimento, o assédio, o impacto na produtividade e no clima organizacional e a exposição pública que afeta a reputação da companhia. A situação protagonizada pela dupla se encaixa no último caso, por exemplo.

“No entanto, para lideranças, a responsabilidade de seguir e representar esse código é ainda maior. Ou seja, o conteúdo não necessariamente muda, mas o nível de exigência e cobrança, sim”, declarou Madalena Feliciano.

A especialista indica que, em casos como esse, o funcionário recorra a outras instâncias de denúncia, uma vez que a reputação do RH pode ficar comprometida pela postura da gestora. Feliciano cita canais anônimos de denúncia e ouvidoria corporativa, além do comitê de ética e do conselho de administração como exemplo. Também é possível recorrer a órgãos externos, como o Ministério Público do Trabalho e o sindicato da categoria.

O que a empresa deve fazer nesse caso? Qual a conduta correta?

Segundo Madalena Feliciano, a Astronomer deveria abrir uma sindicância imediata para investigar as implicações do suposto caso entre Andy Byron e Kristin Cabot, além de afastar imediatamente os dois. O ideal é, inclusive, que a empresa contrate uma consultoria externa, que possa trazer isenção na apuração e evitar parcialidade.

“A sindicância deve ser conduzida por um comitê de ética (se houver) ou uma consultoria de compliance externa; ter prazo definido, metodologia transparente e direito de defesa para as partes envolvidas; e analisar se houve quebra do código de conduta, favorecimento, abuso de poder, ou assédio moral/institucional”, explicou à CNN.

Ela afirmou que o afastamento é a melhor saída, já que:

  • Evita interferência ou retaliação durante a apuração;
  • Preserva o ambiente organizacional e a confiança da equipe;
  • Mostra que a empresa leva a ética e a transparência a sério — reforça a cultura e a reputação.

Entendo o caso de Andy Byron, CEO da Astronomer

Na quarta-feira (16), durante o show do Coldplay no Gillette Stadium, em Massachusetts, nos Estados Unidos, Andy Byron e Kristin Cabot, chefe do departamento de Recursos Humanos da Astronomer, foram flagrados pela kiss cam, que procura casais para que eles protagonizem momentos românticos. Os dois são casados com outras pessoas.

Byron está no cargo de CEO desde 2023, segundo seu perfil no LinkedIn. Anteriormente, Byron ocupou cargos de lideranças em outras empresas de tecnologia, com foco em ferramentas empresariais e formação de equipes.

Já Kristin Cabot está no cargo há pouco mais de nove meses. Em seu perfil, Cabot fez questão de frisar que busca “ser uma boa líder para seu time e conquistar a confiança de todos os funcionários, desde CEOs até assistentes”.

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