Anbima: Mercado brasileiro pode canalizar recursos para a transição verde

O mercado de capitais brasileiro demonstra maturidade e preparo para canalizar recursos em direção à transição para uma economia de baixo carbono. A avaliação foi feita por Carlos André, presidente da Anbima, durante a COP30, em Belém, destacando que temas ligados à sustentabilidade e transição energética são prioridades nas discussões da Associação.

André ressalta que o mercado brasileiro possui a sofisticação e os instrumentos necessários para avançar nessa agenda, embora seja fundamental combinar capital público com mecanismos de hedge e seguro para criar uma relação risco-retorno atrativa, especialmente em projetos de longo prazo.

Instrumentos e Estratégias

Iniciativas como o EcoInvest e operações de blended finance são apontadas como caminhos promissores para atrair capital privado. A combinação de mecanismos de seguro com recursos públicos, tanto de governos locais quanto internacionais, pode criar condições mais favoráveis para diferentes classes de investidores.

O cenário atual de juros elevados representa um desafio para a diversificação de investimentos em produtos verdes, uma vez que há uma tendência natural de concentração em títulos de renda fixa. A expectativa é que, com a redução das taxas de juros, haja um crescimento na alocação de recursos em projetos sustentáveis.

Durante a COP30, uma parceria inédita entre Ambima, CNSEG e FEBRABAN busca unir os mercados de capitais, segurador e bancário para discutir temas relacionados à sustentabilidade. A iniciativa visa desenvolver soluções adequadas para o financiamento de projetos de transição climática, além de fomentar a educação e o acesso à informação de qualidade para os agentes do mercado.

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