Análise: Trump trata ONU como símbolo de falência burocrática

As diferentes visões sobre a ordem internacional e o papel da ONU foram evidenciadas nos discursos de Lula (PT) e Donald Trump durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Enquanto um defende a reforma das instituições internacionais, o outro questiona sua legitimidade e eficácia na resolução de conflitos globais. A análise é de Fernanda Magnotta no CNN 360°.

Os dois líderes convergem ao apontar críticas à ordem internacional vigente e aos mecanismos disponíveis para resolver problemas complexos como guerras. No entanto, apresentam soluções drasticamente diferentes para esses desafios.

A perspectiva brasileira, apresentada por Lula, propõe uma reorganização da ordem internacional e adaptação às novas realidades globais. O discurso enfatiza a importância do direito internacional como norteador e defende a reforma das grandes instituições, incluindo a própria ONU, buscando maior protagonismo de países emergentes como Brasil e China.

Abordagem confrontativa

Trump, por sua vez, adota uma postura mais crítica e confrontativa. Em seu discurso, não reconhece a legitimidade da ONU e outras estruturas internacionais para a construção de consensos, mesmo que estas tenham sido estabelecidas pelos próprios Estados Unidos no pós-Segunda Guerra Mundial.

O político americano apresenta uma visão baseada em soluções individuais e transacionais, chegando a afirmar que resolveu pessoalmente sete guerras, enquanto a ONU permaneceu ineficaz. Sua abordagem privilegia negociações bilaterais e rejeita estruturas coletivas, tratando as relações internacionais com uma lógica empresarial de curto prazo.

As divergências entre as duas visões refletem um debate mais amplo sobre o futuro da governança global e o papel das instituições internacionais na resolução de conflitos como os da Ucrânia e da Faixa de Gaza.

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