As manifestações realizadas no domingo (21) em várias capitais brasileiras contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia devem influenciar diretamente o futuro da proposta no Senado Federal. Segundo análise de Teo Cury, no CNN Novo Dia, as sinalizações indicam que a PEC, já aprovada pela Câmara dos Deputados, encontrará forte resistência na casa.
Um levantamento realizado pela Quaest nas redes sociais revelou que 83% das menções sobre a proposta foram negativas, evidenciando a rejeição popular à medida. Esta reação adversa da população reforça o posicionamento já manifestado por diversos senadores contrários à proposta.
Mobilização expressiva
Embora não tenha atingido proporções gigantescas, as manifestações demonstraram uma capacidade significativa de mobilização, especialmente por parte dos setores de esquerda e centro-esquerda, que há tempos não conseguiam reunir tantas pessoas nas ruas. A Avenida Paulista, em São Paulo, foi um dos principais pontos de concentração dos protestos.
Tramitação no Senado
O cenário no Senado já se mostra desfavorável à proposta. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), e o relator Alessandro Vieira (MDB-SE), já se posicionaram contra a PEC. A tramitação seguirá o curso normal, sem aceleração do processo, conforme indicado pelo presidente da Csa, Davi Alcolumbre (União–AP).
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição, a matéria precisará passar por dois turnos de votação no Senado, assim como ocorreu na Câmara. Vale ressaltar que, durante a votação na Câmara, houve uma redução no apoio entre o primeiro e o segundo turno, com alguns parlamentares posteriormente manifestando arrependimento ou alegando terem votado sob pressão.