Análise: Paulo Pimenta evita novos “cochilos” do governo na CPMI do INSS

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aprovou a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, mas rejeitou a convocação do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha.

Após perder inicialmente postos-chave na comissão, o governo conseguiu estabelecer uma maioria apertada no colegiado que tem impedido avanços da oposição. O analista de política da CNN Pedro Venceslau, durante o CNN Arena, avalia o papel Paulo Pimenta (PT-RS), deputado que ficou responsável pela coordenação da base governista. O especialista acredita que Pimenta “assumiu o compromisso de não permitir novos cochilos do governo na CPMI”.

 

Vitórias estratégicas para o governo

Por uma margem relativamente tranquila, a base governista conseguiu evitar a convocação de Jorge Messias em um momento particularmente sensível, quando ele aguarda sabatina no Senado para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). A convocação poderia representar um desgaste significativo para Messias, que busca os 41 votos necessários para sua aprovação.

Segundo Venceslau, caso Messias fosse convocado para a CPMI, enfrentaria uma espécie de “sabatina antecipada”, com a diferença de que na comissão mista a “tropa de choque da oposição” poderia criar uma verdadeira “panela de pressão”, diferente do ambiente mais formal do Senado, onde os debates acontecem em outro nível.

O governo também conseguiu barrar a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente, e anteriormente havia evitado a convocação de Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e irmão do mandatário. Esses resultados demonstram a eficácia da articulação da base governista sob a coordenação de Paulo Pimenta.

A ofensiva da oposição, que teve o pedido de convocação apresentado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), foi neutralizada pela rápida mobilização do governo, que conseguiu garantir presença suficiente de seus parlamentares para evitar o que seria um constrangimento para o Palácio do Planalto.

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