Análise: Flávio aposta em desgaste de Moraes para julgamento de Bolsonaro

A estratégia política encabeçada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para tentar desqualificar o ministro Alexandre de Moraes às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal) não deve surtir o efeito esperado, segundo avaliação de ministros da Corte. A ofensiva, que inclui o depoimento do ex-assessor Eduardo Tagliaferro, é vista como mais uma tentativa de intimidação ao tribunal. A análise é de Luísa Martins no Bastidores CNN.

A denúncia contra Tagliaferro era esperada pelos ministros do Supremo e, embora possa representar mais um elemento na ofensiva contra a corte, não tem potencial para enfraquecer a posição de Moraes. O tribunal mantém um forte espírito de corpo, respaldando as decisões do ministro, especialmente em um período marcado por tensões políticas.

As fontes da corte indicam que, apesar das naturais divergências entre os onze ministros em diversos temas, há um consenso quanto à rejeição de tentativas de intimidação ao Supremo. As diferentes interpretações e posicionamentos são considerados parte normal do funcionamento de um tribunal diverso, com magistrados de diferentes origens e carreiras consolidadas.

O apoio institucional a Moraes é reforçado pela presidência da corte e pela cúpula do tribunal. A investigação que resultou no indiciamento de Tagliaferro pela Polícia Federal e no posterior pedido de extradição pela PGR (Procuradoria-Geral da República) já vinha sendo desenvolvida, sem que isso alterasse a solidez da posição do ministro no tribunal.

A avaliação predominante é que as recentes sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil, baseadas em decisões do Supremo, também fazem parte de uma tentativa coordenada de pressionar a corte. No entanto, essa estratégia tem encontrado resistência unânime entre os ministros, que se mantêm firmes em suas posições institucionais.

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