Análise: EUA realizam ações na Venezuela, mas não ao nível de ação militar

Os Estados Unidos apreenderam mais um navio na costa da Venezuela neste sábado (20), em mais uma demonstração de pressão sobre o governo venezuelano. A ação ocorre em um contexto de crescentes tensões entre os dois países, com Washington intensificando suas medidas contra Caracas. “Todos os dias os EUA adotam medidas contra a Venezuela, mas não no nível da expectativa que foi gerada de uma ação militar”, explicou o analista Lourival Sant’Anna no Agora CNN.

Segundo o analista, esta apreensão representa uma possível mudança de critério nas operações americanas, já que o navio apreendido não estava na lista de embarcações sancionadas pelos EUA. “Esse não era um navio sancionado. Então é uma escalada no bloqueio naval à Venezuela, que não é um bloqueio total, evidentemente, porque um bloqueio total seria uma declaração de guerra”, explicou.

A situação gera incertezas sobre os critérios utilizados pelos Estados Unidos em suas ações contra a Venezuela. Em um episódio anterior, um petroleiro que transportava derivados de petróleo venezuelano e não estava na lista de sancionados havia passado livremente, inclusive escoltado pela Marinha de Guerra venezuelana. “Qual é o critério aqui? O critério é não deixar passar petróleo e deixar passar derivados de petróleo, ou o critério mudou?”, questionou Lourival.

Pressão constante sobre a Venezuela

As ações americanas contra a Venezuela têm sido constantes. Lourival Sant’Anna destacou que “todos os dias os Estados Unidos adotam medidas contra a Venezuela”, citando como exemplo o anúncio recente de sanções contra o sobrinho de Cilia Flores, esposa de Nicolás Maduro. No entanto, apesar da intensificação das medidas, as expectativas de uma intervenção militar americana no país sul-americano não se concretizaram até o momento.

O petróleo é a principal fonte de receita da Venezuela, e o bloqueio a navios petroleiros representa um golpe significativo na economia do país. A apreensão deste navio, que não estava na lista de sancionados, sinaliza uma possível intensificação da estratégia americana de pressão econômica sobre o governo venezuelano.

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