A direção do União Brasil decidiu, nesta segunda-feira (8), expulsar o ministro do Turismo, Celso Sabino, do partido. A decisão foi tomada após uma reunião da diretoria, que confirmou a expulsão por meio de nota oficial. Segundo a analista Larissa Rodrigues, no CNN 360°, a permanência no Ministério do Turismo é estratégica para Sabino, que tem planos de concorrer ao governo do estado do Pará em 2026.
De acordo com o comunicado divulgado pelo partido, a expulsão ocorreu devido a uma representação apresentada contra Sabino por “continuar no governo federal em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados”. A decisão representa o desfecho de um processo que já era esperado, considerando o ultimato dado pelo União Brasil há alguns meses.
Celso Sabino havia tentado negociar sua permanência no ministério até a realização da COP30, evento de grande relevância para o estado do Pará que ocorreu em Belém e terminou em 21 de novembro. Segundo informações, o ministro chegou a pedir e negociar com o partido que pudesse deixar o comando da pasta logo após o evento climático, mas não obteve sucesso.
Além da expulsão de Sabino, a nota do União Brasil também informou que, “atendendo a outra representação, a comissão também resolveu intervir no Diretório Estadual do Pará, que passa a ser presidido por uma comissão executiva interventora”. Esta decisão é particularmente sensível para o ministro, considerando suas ambições políticas futuras.
Diante do ultimato recebido em setembro — que exigia que Sabino escolhesse entre deixar o ministério ou o partido — o ministro optou por permanecer no governo federal, “pagando para ver” se seria realmente expulso da legenda, conforme relatam interlocutores próximos.
Durante a COP30, evento que deu visibilidade internacional a Belém, o ministro buscou aumentar sua projeção política em seu estado natal, visando fortalecer sua candidatura nas próximas eleições estaduais.