Alcolumbre pede serenidade na tomada de decisões de “superfederação”

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pediu serenidade, maturidade e equilíbrio institucional na tomada de decisões relativas à nova federação, composta pelo União Brasil e PP (Progressistas). A declaração foi dada nesta terça-feira (19) durante o evento que oficializou a aliança, que, por lei, deve perdurar por pelo menos quatro anos.

“Nos cabe manter a ponderação sem nos desviarmos das nossas convicções. Ninguém está pedindo para desviar de suas convicções nem um milímetro, mas que a gente possa ter serenidade, maturidade, equilíbrio institucional e partidário para atravessarmos talvez o momento mais delicado da história do Brasil desde a redemocratização do nosso país”, disse Alcolumbre.

“Aonde as agressões, aos ataques, as ofensas estão tendo mais lugar que o diálogo, a busca de consenso e do que equilíbrio”, prosseguiu.

Juntas, as duas legendas somam 109 deputados federais e 15 senadores. É a maior bancada da Câmara e uma das maiores do Senado.

A Federação União Progressista (UPB) também registrou nas urnas 12.398 vereadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais e quatro distritais. Conta, ainda, com seis governadores — entre eles o presidenciável Ronaldo Caiado (GO) —, quatro vice-governadores e 1.183 vice-prefeitos.

A condução da federação será compartilhada entre o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda.

Os dois partidos contam com quatro pastas na Esplanada dos Ministérios. Pelo União: Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico de Siqueira (Comunicações); e pelo PP: André Fufuca (Esporte).

Apesar do tom oposicionista na criação da Federação, as siglas não devem fazer um desembarque imediato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No entanto, alguns dirigentes das legendas que compõem a federação descartam qualquer apoio ao petista em 2026. Caso do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.

“Honestamente não vejo hipótese de alinhamento com o governo e nem de aliança com o PT. Ao contrário, a federação ela nasce para ajudar a construir uma alternativa para o Brasil no ano que vem. Nós temos o dever de compreender o momento difícil vivido pela política brasileira, mais do que nunca é preciso ter responsabilidade e compromisso com as pessoas”, afirmou ACM Neto.

“Acho que a Federação chega pelo seu tamanho e peso das suas lideranças para trazer um pouco de temperança para a política, mas também um caminho sólido que nos permita sair da posição de radicalização”, finalizou.

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