A Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados) comemorou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirada da tarifa de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros.
Em nota publicada nesta sexta-feira (21), a Abras também reforçou que a ação, considerada positiva, fará com que as exportações do Brasil ao mercado americano voltem a crescer, contribuindo para manter a competitividade das frutas brasileiras nos EUA.
Na véspera, Trump assinou ordem executiva que zera as tarifas de 40% sobre a importação de determinados produtos agrícolas brasileiros. Diversas frutas, assim como café e carne bovina, fazem parte da lista de itens contemplados pela medida.
Na semana passada, os EUA já haviam reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios.
Uma parcela das exportações nacionais permanece sujeita a sobretaxas dos EUA.
A associação brasileira também elogiou a articulação do governo brasileiro nas negociações comerciais em meio ao tarifaço.
“Destacamos a firmeza do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin e do chanceler Mauro Vieira na condução das tratativas entre os governos do Brasil e dos EUA, que culminaram neste acordo que contribuirá significativamente para manter a competitividade das frutas brasileiras no mercado americano.”
Veja principais produtos que fazem parte da lista de produtos brasileiros que tiveram tarifa retirada.
- Café e derivados;
- Carne bovina;
- Açaí;
- Frutas;
- Vegetais;
- Castanhas e sementes;
- Chá, mate e especiarias;
- Sucos de frutas e derivados;
- Produtos processados;
- Fertilizantes;
- Produtos de Cacau.
Um dos primeiros setores a se manifestar foi o de exportadores de café. À CNN Brasil, o diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), Marcos Matos, chamou a suspensão das taxas de “presente de Natal antecipado” e disse que o setor tem o desafio imediato de reconquistar espaços perdidos no mercado americano.
Outro dos principais afetados, o setor de carne também celebrou. A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) diz que decisão “reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira”.
O governo brasileiro também comemorou a medida. Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, a decisão é excelente para o Brasil, que agora passa novamente a ter acesso competitivo ao relevante mercado dos EUA.