Venezuelanos detidos nos EUA e levados a El Salvador contestam deportação

Um grupo de venezuelanos que foram enviados dos EUA para uma prisão de segurança máxima em El Salvador e posteriormente devolvidos à Venezuela pediu nesta sexta-feira (26) que os Estados Unidos cumpram uma decisão judicial que lhes permitiria contestar sua deportação nos tribunais americanos.

O juiz americano James Boasberg decidiu esta semana que o governo do presidente Donald Trump deve providenciar urgentemente o retorno das centenas de venezuelanos que foram deportados para El Salvador, afirmando que a expulsão violou seus direitos ao devido processo legal e que eles têm o direito de contestar a deportação na justiça.

Segundo a decisão, o governo Trump deve apresentar um plano para permitir o retorno deles dentro de duas semanas.

“A decisão judicial agora determina que nos seja concedida a oportunidade de um julgamento justo, de acordo com a lei dos Estados Unidos”, disse Ysqueibel Peñaloza, uma ex-detenta, em nome de cerca de 252 ex-prisioneiros.

“Apelamos aos governos dos Estados Unidos e de El Salvador para que cumpram integralmente a ordem judicial. Exigimos que as autoridades desse país criem as condições que nos permitam participar da audiência.”

Os venezuelanos foram enviados dos EUA para El Salvador em março, depois que Trump invocou a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 – uma lei de tempos de guerra pouco utilizada – para deportar pessoas classificadas como membros da gangue Tren de Aragua, sem realizar audiências ou os procedimentos migratórios habituais.

Muitos advogados e familiares negaram que os acusados em questão tivessem qualquer ligação com gangues e disseram que frequentemente eram mantidos no escuro quanto à localização dos detidos.

As deportações atraíram fortes críticas de grupos de direitos humanos e deram origem a uma batalha judicial com o governo Trump.

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