A prata ultrapassou a marca de US$ 75 pela primeira vez nesta sexta-feira (26), com o ouro e a platina também atingindo recordes históricos, uma vez que as apostas em cortes na taxa de juros dos Estados Unidos e o nervosismo geopolítico alimentaram a demanda dos investidores.
O ouro à vista subia 0,8%, para US$ 4.516,50 por onça, após atingir o recorde de US$ 4.530,60 anteriormente. Os futuros do ouro nos EUA para entrega em fevereiro tinham alta de 1%, a US$ 4.547,70.
“A perspectiva de taxa de juros mais baixa nos EUA ainda está sustentando a demanda por ouro e prata, elevando ambos os metais a novos picos recordes”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
“A baixa liquidez está ampliando a volatilidade em todos os metais preciosos.”
O ouro está a caminho de seu maior ganho anual desde 1979, sustentado pelo afrouxamento monetário do Fed, compras de bancos centrais, entradas de ETFs e tendências de desdolarização.
Os mercados estão precificando dois cortes nos juros no próximo ano com base nas expectativas de um Fed mais “dovish”.
A prata à vista saltava 4%, para US$ 74,82 por onça, após atingir um recorde histórico de US$ 75,14, ampliando o rali meteórico que levou os preços a subirem 158% no acumulado do ano devido aos déficits de oferta, sua designação como um mineral crítico dos EUA e a demanda industrial forte.
A platina à vista subia 7,3%, para US$ 2.382,35 por onça, tendo anteriormente atingido um recorde de US$ 2.448,25, enquanto o paládio tinha alta de 8,3%, para US$ 1.823,76, após uma máxima de três anos atingida na sessão anterior.
Todos os metais preciosos estão caminhando para ganhos semanais, com a platina registrando seu maior aumento semanal já registrado.