Venezuela liberta presos políticos, incluindo adolescentes

Pelo menos 99 pessoas detidas na Venezuela, supostamente por motivos políticos, foram libertadas na quinta-feira (25), segundo um comunicado oficial do Ministério dos Serviços Penitenciários.

No comunicado, o Ministério informou que o Governo Nacional e o Sistema Judiciário decidiram libertar 99 cidadãos detidos em conexão com as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, após “avaliar cada caso individualmente”.

Anteriormente, Gonzalo Himiob, vice-presidente da ONG de direitos humanos Foro Penal, havia relatado em sua conta no Twitter que pelo menos 45 pessoas detidas na Venezuela, supostamente por motivos políticos, haviam sido libertadas na quinta-feira.

Desse grupo, 15 são mulheres, 27 são homens e três são adolescentes, acrescentou.

A CNN entrou em contato com a Procuradoria-Geral da Venezuela para solicitar informações sobre essas libertações e aguarda resposta.

A libertação dessas pessoas é a maior, ao menos desde agosto deste ano, quando integrantes da oposição informaram que 13 ativistas políticos que estavam detidos foram colocados em liberdade. Nesse grupo estavam, entre outros, o ex-deputado Américo De Grazia, o dirigente Pedro Guanipa e o ex-prefeito de Maracaibo Rafael Ramírez.

Anteriormente, entre o fim de 2024 e o início de 2025, a Procuradoria da Venezuela informou sobre a libertação de centenas das mais de 2.000 pessoas que foram detidas no contexto dos protestos pós-eleitorais de 2024. De acordo com a Procuradoria, as pessoas presas durante essas manifestações teriam cometido atos contra o país.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, posteriormente pediu a revisão de alguns casos por possíveis erros de procedimento, o que resultou em cerca de 1.500 libertações, segundo a Procuradoria.

Organizações de direitos humanos, no entanto, afirmam que há centenas de presos políticos na Venezuela. Até 20 de dezembro, o Foro Penal contabilizava 902 pessoas nessa situação, incluindo as que foram detidas em 2024 e em anos anteriores. Por sua vez, o governo da Venezuela nega que haja presos políticos no país.

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