A equipe médica de Jair Bolsonaro (PL) prioriza otimizar a medicação, ajustar a dieta e observar a evolução nos próximos dias para tratar as crises de soluços. Até a próxima segunda-feira (29), avaliará a possibilidade de uma intervenção de bloqueio anestésico do nervo frênico para o tratamento.
Nesta quinta-feira (25), Bolsonaro passou por uma cirurgia de hérnia inguinal, e segue internado no hospital DF Star, em Brasília.
Segundo o cirurgião geral Claudio Birolini, um dos responsáveis pelo tratamento, Bolsonaro pode ter o músculo do diafragma paralisado na nova intervenção.
“[O procedimento] pode ter complicações sobre as quais não temos controle, por exemplo, a paralisia do músculo do diafragma, com dificuldade de respiração”, diz o médico à CNN Brasil.
Birolini explica que a intervenção busca a anestesia temporária do nervo. Em caso de dificuldade respiratória, seria necessário o suporte ventilatório artificial, até passar o efeito do anestésico.
O diafragma fica localizado abaixo dos pulmões, separando o tórax do abdômen, sendo essencial para a respiração. O nervo frênico faz o controle do movimento do diafragma, com a contração e relaxamento.
O bloqueio anestésico do nervo frênico é considerado invasivo pela equipe que cuida de Bolsonaro, mas é um procedimento visto como seguro.
A diferenciação entre as duas intervenções, segundo o médico, é que os possíveis eventos adversos da cirurgia são previsíveis.