“Soluços são uma preocupação recorrente”, dizem médicos de Bolsonaro

Os médicos de Jair Bolsonaro (PL) afirmaram, durante coletiva após a cirurgia de hérnia inguinal bilateral realizada na manhã desta quinta-feira (25), que os soluços do ex-mandatário são “uma preocupação recorrente”.

“O soluço, é um sintoma dele que preocupa muito porque gera muito cansaço nele, prejudica o sono. É uma preocupação recorrente nossa e dele também. Estamos muito de olho nisso, é um ponto central”, disse o cardiologista Brasil Caiado.

A equipe médica ainda avaliou realizar um procedimento para cessar soluços de Bolsonaro, o bloqueio anestésico do nervo frênico, que pode ser feito na próxima segunda-feira (29).

“Em relação ao soluço, inicialmente tínhamos proposto um bloqueio do nervo, mas estando mais próximo do presidente e vendo que tem uma relação direta com a esofagite severa, optamos por questão de precaução, otimizar o tratamento clínico, melhorar a dieta e potencializar a medicação e observar nos próximos dias a necessidade ou não desse procedimento. Provavelmente faremos lá para segunda-feira, que é um tempo bom para esse procedimento”, declarou Brasil Caiado.

O cardiologista afirma ainda que o procedimento é “mais invasivo” e por isso estão sendo cautelosos.

“Toda vez que nós podemos ser menos invasivos em relação ao paciente, principalmente um de 70 anos, se pudermos resolver de forma clínica, para ele é mais seguro. Até segunda-feira vamos ver como será a evolução clínica dele – com o novo tratamento medicamentoso”, prosseguiu ele.

Hérnia inguinal bilateral

O cirurgião-geral Cláudio Birolini, que operou Jair Bolsonaro por aproximadamente 4 horas, afirmou que a correção de hérnia ocorreu dentro do previsto.

“Procedimento transcorreu de acordo com o previsto. Sem nenhuma intercorrência. Tomou anestesia geral. Já está acordado, já está no quarto. Agora deve se alimentar e nos próximos dias os cuidados serão voltados a analgesia, fisioterapia e profilaxia de tromboembolismo venoso”, disse o médico.

Na cirurgia de hérnia, que foi autorizada na última segunda-feira (23), pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi realizado um corte em cada lado da virilha para identificar e empurrar a hérnia inguinal para dentro. Em seguida foi feita uma sutura para reforçar a área fraca, além de instalação de uma tela de polipropileno, segundo o cirurgião geral de Bolsonaro, doutor Cláudio Birolini.

Segundo os médicos, Bolsonaro não deve ficar em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas sim em um quarto “sendo bem assistido”. A previsão é que o ex-presidente deve se recuperar da cirurgia entre cinco e sete dias.

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