A empresa sul-coreana de lançamento de satélites Innospace lançou na segunda-feira (22) o primeiro foguete comercial do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, um marco para a empresa e para as ambições aeroespaciais do Brasil que terminou com um acidente.
As ações da empresa, listadas na Coreia do Sul, caíram cerca de 24% após o acidente, a maior queda intradiária desde agosto.
O veículo HANBIT-Nano decolou às 22h13, horário do Brasil (01h13 GMT), cinco dias depois do programado originalmente.
Apenas dois minutos após o lançamento, uma transmissão ao vivo dentro da transmissão oficial mostrou uma mensagem indicando que uma “anomalia” havia ocorrido durante o voo. A transmissão ao vivo foi encerrada imediatamente após o aviso.
De acordo com a Força Aérea Brasileira, o foguete iniciou sua trajetória vertical conforme previsto, mas houve uma anomalia no veículo que o fez colidir com o solo. Uma equipe da FAB e do Corpo de Bombeiros foi enviada para analisar os destroços e a área da colisão, acrescentou a força aérea em um comunicado.
A Innospace não forneceu mais informações sobre o lançamento e não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O lançamento foi adiado na quarta-feira devido a uma anomalia em uma peça da unidade de refrigeração do sistema de alimentação de oxidante do primeiro estágio durante as inspeções finais e, novamente, na sexta-feira, por algumas horas, devido a condições climáticas desfavoráveis.
Em uma declaração anterior, a Innospace informou que substituiu o componente na plataforma de lançamento, permitindo que a missão Spaceward prosseguisse dentro da janela de lançamento de 16 a 22 de dezembro. Ela estava lançando oito cargas registradas, incluindo cinco pequenos satélites, para clientes não divulgados.
A Força Aérea Brasileira e a Agência Espacial Brasileira ofereceram apoio operacional para o lançamento.
Em março de 2023, a Innospace lançou seu veículo de teste HANBIT-TLV na mesma base para verificar o desempenho de seu motor de foguete híbrido de 150kN.