Ceia de Natal: 5 dicas para pessoas com diabetes não passarem vontade

A ceia de Natal é um dos momentos mais aguardados das festas de fim de ano. Afinal, é nela que reunimos os familiares e amigos queridos para saborear pratos típicos, como peru, farofa, salpicão, maionese, entre outras delícias. Mas pessoas com diabetes ou outras restrições alimentares devem tomar alguns cuidados para curtir sem riscos à saúde.

Segundo Giovanna Rocha, nutricionista da Clínica Jobst, não é necessário proibir todos os alimentos, mas, sim, ter uma maior atenção àqueles que podem elevar rapidamente a glicemia e aos horários das refeições ao longo do dia.

A seguir, veja as principais dicas para curtir a ceia de Natal sem preocupações.

1. Evite alimentos que aumentam a glicemia

Segundo Rocha, o problema geralmente não é o alimento isolado, e sim a combinação, quantidade e frequência em que ele é consumido. Os principais itens são:

  • Arroz branco, massas e farofa em excesso;
  • Batatas, purês e preparações muito ricas em amido;
  • Doces tradicionais como rabanada, pavê, panetone e sobremesas com açúcar refinado;
  • Bebidas açucaradas, como refrigerantes comuns, sucos industrializados e drinks com xarope;
  • Preparações muito gordurosas, pois podem piorar o controle glicêmico ao longo da noite.

2. Prefira opções que ajudam a controlar a glicemia

A ceia pode ser equilibrada com escolhas saudáveis, ricas em fibras, proteínas e carboidratos de lenta absorção. Eles ajudam a evitar o pico glicêmico. Segundo Rocha, são eles:

  • Carnes magras: peru, frango, peixe, tender magro, carnes assadas;
  • Saladas variadas, legumes e vegetais;
  • Preparações com fibras, como legumes assados ou refogados;
  • Oleaginosas em pequenas quantidades (castanhas, nozes);
  • Arroz integral ou porções menores do arroz branco, se fizer parte da tradição.

“O ideal é montar um prato com boa fonte de proteína, fibras e porções controladas de carboidratos”, orienta a nutricionista.

3. Beba álcool com moderação

O álcool pode causar tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia, dependendo da quantidade e do contexto, segundo Rocha. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para reduzir riscos. São eles:

  • Nunca beber de estômago vazio;
  • Limitar a quantidade;
  • Dar preferência a vinho seco ou bebidas sem açúcar;
  • Evitar misturar álcool com refrigerantes ou sucos;
  • Intercalar com água.

“Se possível, monitore a glicemia antes e depois do consumo”, afirma Rocha.

4. Escolha as sobremesas com inteligência

As sobremesas costumam ser uma das grandes tentações da ceia de Natal. Para reduzir riscos à saúde, pessoas com diabetes devem optar por alternativas melhores, como:

  • Sobremesas com menor quantidade de açúcar;
  • Preparações com frutas, oleaginosas ou chocolate com maior teor de cacau;
  • Doces com adoçantes, desde que consumidos com moderação.

“O mais importante é escolher uma opção, não várias; consumir pequenas porções, de preferência após uma refeição equilibrada, e evitar beliscar doces ao longo de toda a noite”, orienta Rocha.

5. Não dobre a dosagem dos medicamentos

Um dos grandes erros de quem tem diabetes e sai da dieta é dobrar a dosagem dos medicamentos. “Jamais se deve alterar a dose do medicamento por conta própria.
Dobrar a dosagem pode causar hipoglicemia grave, tontura, desmaios e até necessidade de atendimento médico”, alerta a nutricionista.

Qualquer ajuste deve ser feito somente com orientação médica em conjunto com a equipe de saúde, considerando o tipo de medicamento e o perfil do paciente, orienta Rocha.

Sinais de alerta de alterações na glicemia

Além de monitorar a glicemia, é importante ficar de olho em alguns sinais que podem indicar alterações no nível do açúcar no sangue. No caso de hipoglicemia (glicose baixa), são eles:

  • Tremores;
  • Suor frio;
  • Tontura;
  • Fraqueza;
  • Confusão mental;
  • Palpitação.

No caso de hiperglicemia (glicose alta), os sinais incluem:

  • Sede excessiva;
  • Boca seca;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Cansaço;
  • Visão embaçada.

“Ao perceber qualquer um desses sinais, o ideal é medir a glicemia e agir rapidamente”, orienta Rocha.

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *