A Receita Federal arrecadou R$ 8,6 bilhões com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em novembro. O desempenho representa uma alta de 39,95% em comparação ao mesmo período de 2024.
Segundo o Fisco, o resultado pode ser justificado pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira e pelas operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, ambas decorrentes de recentes alterações na legislação. Em junho, a equipe econômica publicou um decreto elevando a alíquota do tributo sobre diversas operações.
O IOF colaborou para o resultado recorde da arrecadação federal de novembro. No mês, a Receita Federal arrecadou R$ 226,75 bilhões.
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, a arrecadação alcançou o valor de R$ 2,6 trilhões, um aumento real de 3,25%. O resultado também é o maior da série histórica para o período.
Relembre o caso do IOF
No 1° relatório bimestral de 2025, publicado em maio, a equipe econômica anunciou o aumento do IOF para cumprir a meta fiscal de 2025. Na ocasião, o governo estimava arrecadar R$ 20 bilhões com a medida.
Por causa da repercussão negativa da medida no mercado financeiro e entre parlamentares, o governo federal fez ajustes no decreto presidencial, a partir de negociações com o Congresso Nacional. As mudanças alteraram as projeções da Receita Federal.
Em junho, antes do decreto presidencial ser derrubado pelo Congresso Nacional, a equipe econômica estimava arrecadar cerca de R$ 12 bilhões com a medida. Com a decisão dos congressistas, a AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu ao STF, que mediou uma audiência de conciliação entre o Executivo e o Legislativo.
Sem um consenso entre os poderes, o ministro Alexandre de Moraes determinou o retorno da eficácia do decreto que aumentou a alíquota do IOF, mas retirou a vigência do imposto sobre o risco sacado.