O audiovisual brasileiro tem demonstrado seu potencial nos últimos anos, conquistando espaço em festivais internacionais e ganhando reconhecimento mundial. Essa é a mensagem defendida pelos atores da série “Tremembé”, que argumentam sobre a necessidade de mais investimentos e incentivos para que o setor continue crescendo.
Kelner Macêdo, um dos protagonistas da produção, ressalta o potencial do audiovisual nacional: “Se a gente tem recurso, se a gente tem incentivo, a gente vai dominar o mundo. A gente vai sim entrar na casa de todas as pessoas desse mundo, porque a gente tem capacidade para isso, a gente tem força de produção para isso”. O ator enfatiza que o Brasil já está ocupando espaços importantes na narrativa global, com presença em festivais como Oscar, Cannes e Berlim.
Impacto econômico e cultural
Bianca Comparato, também parte do elenco de “Tremembé”, destaca o retorno que o investimento no audiovisual traz ao país: “Não só esse retorno cultural, você está nas maiores mesas de tomada de decisão do mundo. Você vê atores com chefes de Estado por conta de um filme. Isso é poder político, é o Brasil lá”, afirma a atriz.
Além do aspecto cultural e político, Comparato ressalta o impacto econômico do setor: “A quantidade de emprego que a nossa indústria gera. Só no ‘Tremembé’ foram 1.700 pessoas empregadas”. A atriz ainda compara o setor audiovisual com outros ramos tradicionais da economia: “Emprega mais gente que a indústria automobilística, que está cada vez mais robotizada, automatizada”.
Os artistas defendem que o audiovisual brasileiro é uma indústria séria que gera retorno financeiro significativo, além de promover a cultura nacional e elevar a autoestima do país. Com mais incentivos públicos e privados, argumentam que o potencial de crescimento e internacionalização das produções brasileiras pode ser ainda maior, consolidando o Brasil não apenas como o país do futebol, mas também como uma potência cinematográfica mundial.
A série “Tremembé” foi renovada para a segunda temporada após um sucesso de audiência. Segundo a plataforma, na segunda temporada da série, Suzane von Richthofen (Marina Ruy Barbosa) segue como protagonista na ala feminina e enfrenta sua maior prova de fogo: descobrir se será aceita pela sociedade na vida fora da prisão. Elize Matsunaga (Carol Garcia) também busca recomeçar no regime aberto, enquanto se arrisca em uma nova profissão.
“Tremembé” é baseada nos livros de true crime “Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido” e “Suzane: assassina e manipuladora”, escritos pelo jornalista Ullisses Campbell, que também assina o roteiro ao lado de Vera Egito, Juliana Rosenthal, Thays Berbe e Maria Isabel Iorio. A produção tem direção geral de Vera Egito.