As ações da Nike despencavam quase 10% nesta sexta-feira (19), por volta das 13h20 no horário de Brasília, depois de um relatório financeiro oficial para o ano fiscal de 2026, referentes ao segundo trimestre encerrado em 30 de novembro de 2025, divulgado na quinta-feira (18) ter indicado queda das vendas de produtos da empresa na China.
A gigante de artigos esportivos reportou uma queda nas margens brutas pelo segundo trimestre consecutivo, afetada por essa redução no mercado chinês e pelos esforços para redefinir os seus produtos.
“No segundo trimestre, demonstramos a resiliência do nosso portfólio, apresentando um crescimento modesto da receita reportada, ao mesmo tempo que gerenciamos os desafios decorrentes do reposicionamento dos nossos negócios em um ambiente operacional dinâmico”, apontou Matthew Friend, vice-presidente executivo e diretor financeiro da Nike.
No período analisado, a receita foi de US$ 12,4 bilhões, um aumento de 1%, devido principalmente ao crescimento na América do Norte, parcialmente compensado por quedas na China e na Ásia-Pacífico.
A receita de vendas por atacado foi de US$ 7,5 bilhões, um aumento de 8%, devido também, principalmente, ao crescimento na América do Norte. Mas as vendas diretas foram de US$ 4,6 bilhões, uma queda de 8%.
As despesas com geração de demanda foram de US$ 1,3 bilhão, um aumento de 13%, principalmente devido ao aumento das despesas com marketing de marca e marketing esportivo. E as despesas operacionais gerais foram de US$ 2,8 bilhões, uma queda de 4%, principalmente devido à redução das despesas com salários e outros custos administrativos.
O lucro líquido foi de US$ 800 milhões, uma queda de 32%, e o lucro diluído por ação foi de US$ 0,53, uma redução de 32%.
Os estoques da Nike Inc. totalizaram US$ 7,7 bilhões, uma queda de 3%, refletindo uma diminuição nas unidades, parcialmente compensada pelo aumento dos custos dos produtos, principalmente devido às tarifas mais altas.
A varejista de roupas esportivas informou que as vendas na América do Norte aumentaram 9%, para US$ 5,63 bilhões. No entanto, a receita no mercado da China caiu 17%, a US$ 1,42 bilhão.
“A China continua se destacando como uma das oportunidades de longo prazo mais poderosas no esporte. Isso não mudou. Espere ouvir, ver e sentir muito mais sobre como vamos gerenciar o mercado chinês de forma diferente neste ano fiscal e nos próximos”, declarou o presidente e CEO da Nike Inc., Elliott Hill.
“Estamos fazendo as mudanças necessárias para posicionar nosso portfólio para uma recuperação completa e tomando decisões em tempo real em prol da saúde a longo prazo das nossas marcas”, complementou Matthew Friend.