Câmara dos EUA rejeita propostas para controlar poderes de guerra de Trump

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou por pouco nesta quarta-feira (17) duas resoluções que buscavam conter os avanços do presidente Donald Trump contra a Venezuela, em meio ao aumento da tensão entre os dois países.

As votações ocorreram horas antes de um pronunciamento de Trump à nação, marcado para 23h, no horário de Brasília. A expectativa é de que o discurso foque em grandes vitórias do mandato, mas o presidente também pode abordar prioridades de política externa.

A Câmara, de maioria republicana, teve 216 votos contra e 210 a favor de uma resolução patrocinada pelo deputado Gregory Meeks, de Nova York, o principal democrata na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

O texto propunha retirar as forças armadas dos EUA das hostilidades com “qualquer organização terrorista designada presidencialmente no Hemisfério Ocidental”, a menos que a medida fosse autorizada pelo Congresso.

Já a resolução patrocinada por Jim McGovern, de Massachusetts, o principal democrata no Comitê de Regras da Câmara, teve 213 votos contra e 211 a favor. O texto rejeitado orientava o presidente a retirar as forças dos EUA das hostilidades contra a Venezuela sem autorização do Congresso.

Estados Unidos aumentam pressão contra Venezuela

Os Estados Unidos enviaram aeronaves, veículos, milhares de soldados e um grupo de ataque de porta-aviões das Forças Armadas para o Caribe, sob a premissa de combate ao narcotráfico.

As operações incluem diversos ataques contra barcos tanto no Caribe quanto no Pacífico que supostamente estariam transportando drogas.

Porém, foram levantados questionamentos sobre a legalidade dessas ações.

Além dos ataques contra embarcações, os EUA também pressionam o regime de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, que é acusado pela Casa Branca de ter relação com o narcotráfico e o Cartel de Los Soles.

Segundo fontes consultadas pela CNN, o governo de Donald Trump está elaborando planos para “o dia seguinte” à deposição de Maduro, mas ainda não foi tomada uma decisão sobre um ataque direto ao país.

Trump conversou por telefone com Maduro no final de novembro, poucos dias antes de os EUA o classificarem como integrante de uma organização terrorista estrangeira. O venezuelano teria recebido um ultimato para deixar o poder e o país, mas o descumpriu.

Em outra ação que aumentou a tensão entre os dois países, os Estados Unidos apreenderam um petroleiro próximo à Venezuela, medida classificada de “roubo descarado” e “um ato de pirataria internacional” pelo regime de Maduro.

Posteriormente, Trump anunciou um “bloqueio total” contra os petroleiros sancionados da Venezuela e disse que não deixará “ninguém passar sem o devido direito”.

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