O entorno do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) avalia que a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (16), consolida sua candidatura, mesmo com números que projetam uma possível derrota e mostram uma rejeição de 62%.
Segundo a apuração do analista de Política da CNN Caio Junqueira, assessores próximos ao parlamentar consideram que os resultados são positivos porque mostram que, entre os potenciais adversários, Flávio é o que mais pontua, inclusive à frente de outros nomes do campo político da direita.
A equipe do senador vê na alta rejeição um espaço para trabalho, avaliando que esta se deve muito mais ao pai, Jair Bolsonaro (PL), do que ao próprio Flávio. A estratégia será destacar características que diferenciam o filho de Bolsonaro, apresentando-o como alguém menos radical, mais hábil para negociações políticas e com perfil mais conciliador.
Resistências e agenda política
Apesar do otimismo da equipe do senador, integrantes do Centrão contestam a viabilidade da candidatura, utilizando justamente a alta taxa de rejeição como argumento de que Flávio teria dificuldades em um potencial segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A pré-campanha segue em andamento. Para esta quarta-feira (17), está previsto um almoço com agentes financeiros da chamada Faria Lima, grupo que demonstrou preocupação quando a candidatura foi anunciada, refletindo até mesmo em reações negativas na Bolsa de Valores. O encontro tem como objetivo quebrar resistências do mercado financeiro ao nome do senador.