Ex-BBB João Pedrosa sofre hate após criticar influencers por ação na África

Uma polêmica envolvendo o ex-BBB João Luiz Pedrosa, 29, está dando o que falar nas redes sociais. Tudo começou quando ele criticou a forma como as influenciadoras Mari Menezes, 20, Nathalia Valente, 22, e Clara Rodrigues, documentaram a missão humanitária “Projeto Zuzu For África”, em Bengo, Angola.

O foco das críticas foi a exposição excessiva de crianças vulneráveis, especialmente em vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais, além de que elas estariam “generalizando” a África, que não é um país, mas sim, um continente. O caso gerou intensos debates sobre a ética no trabalho voluntário e o uso das imagens de menores de idade.

O estopim da discussão foi uma publicação de João no Twitter, onde ele questionou a prática de filmar e fotografar crianças africanas em situações de vulnerabilidade.

“Desculpa, mas esses vídeos de missão na África com exposição excessiva de criança nunca me desce”, escreveu ele, sem citar nomes diretamente, mas em um momento que coincidiu com a viralização dos vídeos das influenciadoras.

Essas publicações mostravam crianças em situações precárias, com destaque para cenas como o primeiro contato de algumas com alimentos como bolachas e chocolates, além de crianças fazendo “dancinhas”.

João explicou que a crítica não era contra a ajuda humanitária, mas contra a forma de documentá-la. Ele argumentou que há formas mais éticas de mostrar a realidade de países africanos sem expor o rosto das crianças ou usar as imagens de forma a promover uma agenda pessoal.

“Existem inúmeras maneiras de mostrar uma realidade sem expor o rosto das crianças. São alternativas mais éticas que focam no contexto social, e não na midiatização do sofrimento”, disse o ex-BBB.

Em resposta, as influenciadoras Mari Menezes e Nathalia Valente rebateram as críticas de João.

Nathalia Valente apontou que a exposição ajudou a arrecadar fundos para construir casas para famílias carentes. “Essa ‘exposição’ que ele tanto está reclamando conseguiu arrecadar dinheiro para a construção de 26 casas!”, afirmou ela, destacando que a situação nas comunidades atendidas era grave, com crianças dormindo no chão e passando fome.

Ela ainda mencionou que, antes da ajuda, uma das crianças que visitou não conseguia andar devido à desnutrição.

Mari Menezes, por sua vez, também reagiu à crítica de João, explicando que o trabalho estava restrito a uma comunidade específica em Bengo.

“Sempre deixei muito claro que o nosso trabalho é em Bengo, na Angola, com pessoas em uma comunidade específica”, disse ela, destacando que a África é um continente enorme e diverso, com diferentes realidades.

Ela enfatizou que o objetivo dela sempre foi dar visibilidade à transformação que estava acontecendo na comunidade local, graças às doações e ao trabalho realizado.

“Vale mais apontar o erro de quem está tentando ajudar ou usar essa mesma energia pra fazer a diferença de verdade? Crítica não constrói casa e nem coloca comida no prato. Opinião não muda realidade. Ação sim, muda!!”, completou Mari.

João Luiz Pedrosa, por sua vez, explicou que a crítica estava mais focada no protagonismo das influenciadoras e no uso da exposição das crianças como uma forma de promoção pessoal. Ele disse que a ajuda humanitária precisa ser feita de forma mais reflexiva, sem transformar o doador no “herói” da história.

“O [doador] se torna mais importante do que quem recebe. Essa narrativa de exposição em troca de ajuda centraliza o doador como herói”, afirmou João.

Nesta segunda-feira (15), ele mostrou que, após opinar nas redes sociais, recebeu diversos comentários de ódio e racistas, por pessoas que não concordam com a opinião dele.

O projeto Zuzu for Africa existe desde 2016 e tem como objetivo levar ajuda humanitária para países africanos. A ação com as influenciadoras arrecadou mais de 1 milhão de reais, sendo utilizado para a construção de várias casas para famílias necessitadas.

Embora a ação tenha sido bem-sucedida em termos financeiros, o debate sobre a ética na exposição de crianças e a linha tênue entre ajudar e promover a imagem pessoal continua gerando controvérsias.




FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *