O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (11) que recebeu representantes do Comitê de Imprensa da Casa para ouvir relatos sobre os episódios ocorridos durante a ocupação da Mesa Diretora pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
Hugo também informou que determinou a abertura de uma sindicância para investigar a atuação da Polícia Legislativa durante a confusão.
“Recebi jornalistas do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados para ouvir seus relatos e esclarecer os fatos ocorridos na terça-feira (9). Informei, ainda, da abertura de uma sindicância para investigar o que aconteceu com todo rigor necessário”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter).
Recebi jornalistas do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados para ouvir seus relatos e esclarecer os fatos ocorridos na terça-feira (9). Informei, ainda, da abertura de uma sindicância para investigar o que aconteceu com todo rigor necessário. A Casa reafirma seu compromisso…
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) December 11, 2025
A fala faz referência ao episódio em que Glauber Braga ocupou a cadeira da Presidência em protesto contra o seu processo de cassação. A Polícia Legislativa o retirou à força, enquanto seguranças esvaziaram o plenário e a TV Câmara interrompeu a transmissão.
Durante a operação, jornalistas foram orientados a recuar. Diante da recusa, um dos seguranças passou a empurrar profissionais de imprensa — homens e mulheres — de maneira truculenta, para abrir caminho para a retirada do deputado.
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e o SJPDF (Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal) divulgaram nota de repúdio, classificando a ação como autoritária.
“Não podemos admitir que medidas autoritárias, que remontam às vividas em um período não tão distante durante a ditadura militar, sejam naturalizadas e se repitam em nosso Congresso Nacional — que deveria ser a casa do povo e não de quem ataca os direitos da população”, afirmaram as entidades.
Hugo Motta já havia dito que iria apurar “eventuais excessos”, lamentou os transtornos e negou que tenha qualquer intenção de limitar a atuação jornalística no plenário.