Sabino critica expulsão do União e diz avaliar convite de outros partidos

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou à CNN Brasil nesta terça-feira (9), que foi expulso do União Brasil por não ter sido “covarde” em abandonar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, a decisão do partido teve “um único endereço”.

“Eu fui expulso porque fui responsável e não me acovardei. Recebi um ultimato para abandonar todas essas ações que vinha realizando no país, no turismo. Abandonar a preparação para a COP30 a poucos dias do evento. Não seria responsável abandonar todas essas ações, sobretudo a COP30”, disse o ministro em entrevista ao Bastidores CNN.

“Não podia ser covarde também porque não vi fundamento algum nessa decisão, nesse ultimato. Abandonar o ministério por uma decisão, no meu entendimento, muito equivocada, assim como abandonar o governo do presidente Lula.”

O ministro, que foi expulso do União Brasil nessa segunda-feira (8) por uma decisão unânime da liderança executiva, afirmou que uma nova filiação em outros partidos já é cogitada e que irá “avaliar junto com o presidente Lula”.

Sabino disse ainda que vai manter sua pré-candidatura ao Senado pelo Pará e que, para isso, deixará o comando da pasta apenas no próximo ano, no período de desincompatibilização dos candidatos de seus respectivos cargos públicos.

Expulsão do União Brasil

A cúpula do União Brasil confirmou na segunda-feira a decisão do Conselho de Ética da legenda que aprovou, por unanimidade, a desfiliação do ministro em 25 de novembro. A decisão também afetará o diretório do União no Pará. De acordo com o partido, o diretório estadual passará a ser presidido por uma comissão executiva interventora.

Em setembro, o União Brasil deu 30 dias para que todos os filiados que ocupavam cargos no Executivo deixassem suas cadeiras, sob o risco de implicar “infidelidade partidária” para aqueles que continuassem nas funções.

Sabino chegou a anunciar ter entregado para Lula uma carta de demissão. Segundo ele, no entanto, o chefe do Executivo teria pedido que ficasse por mais tempo, em especial por conta da atividades da COP30 (Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas) em Belém (PA).

Por continuar como titular da pasta, Sabino foi afastado do partido, em outubro, e alvo de processo no Conselho de Ética da sigla.

O ministro é deputado federal licenciado e está no seu segundo mandato. Ele se licenciou do cargo na Câmara dos Deputados para assumir a função no Ministério do Turismo em julho de 2023, substituindo Daniela Carneiro no comando da pasta.

A desfiliação do União Brasil não deve afetar o mandato na Câmara e, conforme entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Sabino poderá se filiar a outra sigla.

*Sob supervisão

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