A Cloudflare saiu do ar novamente na manhã desta sexta-feira (5), causando instabilidade em alguns sites e aplicativos que utilizam a rede para operar na internet.
Em uma publicação no X, antigo Twitter, a empresa esclareceu: “A Cloudflare sofreu uma interrupção significativa no tráfego em 5 de dezembro de 2025, com duração de aproximadamente 25 minutos.” A interrupção teve início por volta de 5h47 e foi resolvida por volta de 6h12 (no horário de Brasília).
“Um subconjunto de clientes foi afetado, representando aproximadamente 28% de todo o tráfego HTTP atendido pela Cloudflare”, explicou a empresa em comunicado. “O problema não foi causado, direta ou indiretamente, por um ataque cibernético aos sistemas da Cloudflare ou por qualquer tipo de atividade maliciosa. Em vez disso, foi desencadeado por alterações feitas em nossa lógica de análise do corpo da requisição durante uma tentativa de detectar e mitigar uma vulnerabilidade generalizada no setor.”
“Qualquer interrupção em nossos sistemas é inaceitável, e sabemos que falhamos com a internet novamente após o incidente de 18 de novembro”, acrescenta o texto.
Alguns usuários reclamaram da impossibilidade de acessar aplicativos de banco e outras plataformas que funcionam com o uso de Cloudfare.
Segundo incidente em menos de um mês
Essa é a segunda vez em menos de um mês que a rede, considerada uma das maiores do mercado, sai do ar.
Em 18 de novembro, diversas plataformas foram afetadas por falhas na Cloudflare, como o X (antigo Twitter), ChatGPT, Amazon e Canva, segundo dados da ferramenta Down Detector.
Fundada em 2009, a empresa americana é especializada em infraestrutura da internet e oferece serviços de segurança, performance e confiabilidade para sites e aplicativos, atuando como uma espécie de intermediário entre o navegador do usuário e o servidor do site que está sendo acessado.
“Ele organiza o tráfego, acelera o carregamento das páginas e protege contra ataques. Quando uma pessoa acessa um site ela passa pelo servidor da rede global do Cloudflare, que tem servidores no mundo todo, faz cache [salva uma cópia] de conteúdos e filtra tráfego malicioso”, descreve Muniz.
Seu sistema funciona por meio de uma CDN, ou seja, Rede de Distribuição de Conteúdo, espalhando cópias de dados para diversos servidores pelo mundo. A ação permite reduzir o tempo que uma informação demora para chegar de um ponto ao outro.