Com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o PL (Partido Liberal) terá que dispor de novas estratégias para compensar a falta do que é hoje o líder do movimento bolsonarista.
Dentre as estratégias, uma imagem de papelão em tamanho real do ex-mandatário será uma das artimanhas a serem usadas pelo partido de direita na disputa eleitoral de 2026.
Como mostrou a CNN, o boneco estreou publicamente na terça-feira (2), em foto ao lado da esposa de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A foto foi tirada depois da reunião emergencial da cúpula do PL para alinhar a posição da sigla no Ceará em 2026. A conversa, que teve a presença da cúpula nacional do partido, foi marcada depois de Michelle reclamar do apoio de integrantes a uma eventual candidatura de Ciro Gomes (PSDB) ao governo do estado.
Preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília, Bolsonaro não poderá produzir conteúdo para as campanhas eleitorais de aliados.
Durante o trâmite do processo que condenou Bolsonaro por participar de um plano de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o dirigente da direita não poderia usar as redes sociais de forma direta ou indireta.
Além disso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu, no ano passado, a utilização dos chamados “deep fakes” — a tecnologia permite a substituição do rosto de pessoas em vídeos ou a simulação de falas com o mesmo tom de voz.
Dessa forma, a imagem de papelão de Bolsonaro será utilizada como “santinhos” de papéis para candidatos do PL em todo o país. O boneco funcionará como uma tentativa do partido de transferir votos do eleitorado do ex-presidente aos candidatos da legenda.