O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou nesta quarta-feira (3) que teve uma conversa “respeitosa e cordial” com o presidente dos EUA, Donald Trump, há cerca de 10 dias.
“Veja bem, há uns 10 dias, a Casa Branca ligou para o Palácio de Miraflores e eu conversei por telefone com o presidente Donald Trump”, disse o líder.
“Posso dizer que a conversa teve um tom respeitoso, e até mesmo cordial, entre o presidente dos EUA e o presidente da Venezuela. Acrescento que, se essa ligação significa que estamos caminhando para um diálogo respeitoso entre os Estados, entre os países, então seja bem-vindo o diálogo, seja bem-vinda a diplomacia, porque sempre buscaremos a paz”, concluiu.
Maduro voltou a se posicionar contra a guerra e a favor da paz no país sul-americano: “Bem-vindos os diplomatas, bem-vinda a paz, paz sim, guerra nunca”.
Segundo o ditador, os Estados Unidos estão “cansados de guerras intermináveis” e citou como exemplo a conflito com Iraque, Afeganistão, Líbia e Vietnã.
Ofensiva militar dos EUA
Nos últimos meses, os EUA intensificaram as operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas na costa da Venezuela.
Ao todo, 21 ataques foram lançados a barcos no Caribe e no Pacífico, matando 83 pessoas.
Washington já reuniu cerca de 15 mil militares na região, junto com mais de uma dúzia de navios de guerra.
A Reuters informou no sábado que os EUA estavam prestes a lançar uma nova fase de operações relacionadas à Venezuela nos próximos dias, citando quatro autoridades americanas.
Duas das autoridades disseram que operações secretas provavelmente serão a primeira parte da nova ação contra Maduro.
Maduro, no poder desde 2013, afirmou que Trump está tentando derrubá-lo e que os cidadãos venezuelanos e os militares resistirão a qualquer tentativa nesse sentido.