Maduro promete “lealdade absoluta” ao povo da Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (1°) que jura “lealdade absoluta” ao povo venezuelano, em meio às crescentes tensões com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Maduro, cercado por outras autoridades do alto escalão do regime, falou para uma multidão em frente ao palácio presidencial, depois que o governo convocou uma marcha para empossar novos líderes partidários locais do partido socialista PSUV.

A tensão entre os dois países — incluindo os ataques dos EUA contra supostos barcos de contrabando de droga no Caribe, as repetidas ameaças de Trump de operações militares por terra e a designação do Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira — tem aumentado nos últimos meses. Maduro nega qualquer atividade criminosa.

O presidente dos EUA, Donald Trump, convocou uma reunião no Salão Oval com autoridades do governo e das forças armadas americanas nesta segunda-feira para discutir os próximos passos em relação à Venezuela. Trump confirmou no domingo (30) que conversou com Maduro por telefone.

“Tenham certeza de que, assim como jurei diante do corpo de nosso comandante Chávez, antes de me despedir dele, lealdade absoluta ao custo de minha própria vida e tranquilidade, juro a vocês lealdade absoluta até depois de podermos viver esta bela e heroica história”, disse Maduro, referindo-se ao seu antecessor Hugo Chávez. “Tenham certeza de que nunca irei falhar com vocês, nunca, nunca, nunca.”

Maduro estava acompanhado por sua esposa, Cilia Flores, e pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que usava um boné de beisebol vermelho com as palavras “dúvida é traição”, bem como por outros altos funcionários do regime.

A Assembleia Nacional da Venezuela suspendeu nesta segunda-feira uma sessão extraordinária para debater a formação de uma comissão para investigar os ataques aos barcos. A assessoria de imprensa da Assembleia informou que a sessão foi remarcada para terça-feira (2), dia normal de debate.

As tropas dos EUA realizaram pelo menos 21 ataques a supostos barcos de traficantes no Caribe e no Pacífico desde setembro, matando pelo menos 83 pessoas.

O presidente da Assembleia, Jorge Rodriguez, anunciou a sessão de segunda-feira no fim de semana depois de se reunir com parentes das vítimas. Ele disse que a medida visava proteger as famílias.

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