O instituto brasileiro MapBiomas divulgou, nesta segunda-feira (1º), uma pesquisa que mostra as áreas livres de gelo e as que são cobertas por vegetação durante os meses do verão antártico.
O mapeamento revelou que as áreas livres de gelo ocupam 2,4 milhões de hectares, menos de 1% da área total da Antártica, que é de 1,366 bilhão de hectares. Destas áreas livres de gelo, aproximadamente 5% estão cobertas por vegetação, totalizando pouco mais de 107 mil hectares.
Neste mesmo dia, em 1959, foi assinado o Tratado da Antártica que estabelece o continente como área internacional e de pesquisas científicas, com participação de 58 países. O Brasil aderiu ao acordo apenas em 1975, estabelecendo uma base em 1984.
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A vegetação na Antártica se desenvolve nas áreas livres de gelo que ocorrem principalmente nas ilhas, na região costeira e na Península Antártica, mas também podem ser identificadas no topo das cadeias de montanhas do interior do continente.
Mapear áreas livres de gelo e cobertas por vegetação é crucial para o monitoramento dos impactos das mudanças do clima no ambiente antártico.
A coordenadora do projeto explica que o mapa de áreas livres de gelo é importante para monitorar a fauna da Antártica, já o mapa de vegetação é essencial para avaliar a produtividade dos ecossistemas, o que permite monitorar as mudanças ambientais e regiões sensíveis.
“Acompanhar a dinâmica natural do continente antártico também se justifica por sua influência direta sobre o clima do hemisfério sul, atuando como um regulador térmico global e sendo o local de nascimento das frentes frias, que também influenciam a precipitação pluvial no sul do planeta Terra”, completa a cientista.
*Sob supervisão de Thiago Félix