O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (24) uma ordem executiva que orienta seu governo a determinar se deve designar certos núcleos da Irmandade Muçulmana como organizações terroristas estrangeiras e terroristas globais, informou a Casa Branca.
Segundo um documento informativo da Casa Branca, Trump pretende confrontar a “rede transnacional da Irmandade Muçulmana, que alimenta o terrorismo e campanhas de desestabilização” contra os interesses dos EUA e seus aliados no Oriente Médio.
O Secretário de Estado Marco Rubio e o Secretário do Tesouro Scott Bessent foram instruídos a apresentarem um relatório sobre a possibilidade de designar quaisquer núcleos da Irmandade Muçulmana, como os do Líbano, Egito e Jordânia.
A ordem determina que os secretários tomem medidas em relação a quaisquer designações dentro de 45 dias após a apresentação do relatório.
O governo Trump acusou facções da Irmandade Muçulmana nesses países de apoiar ou incentivar ataques violentos contra Israel e parceiros dos EUA, ou de fornecer apoio material ao grupo militante palestino Hamas.
A Irmandade Muçulmana foi fundada no Egito na década de 1920 como um movimento político islâmico para combater a disseminação de ideias seculares e nacionalistas.
Rapidamente se espalhou por países muçulmanos, tornando-se uma força política importante, embora frequentemente operando em segredo.
A designação de “Foreign Terrorist Organization (FTO)” (Organização Terrorista Estrangeira, em português) torna “ilegal para qualquer pessoa nos Estados Unidos ou sujeita à jurisdição dos Estados Unidos fornecer, conscientemente, ‘apoio material ou recursos’ a uma OTF designada”, segundo o Departamento de Estado.
Quaisquer representantes ou membros de uma OTF são “passíveis de deportação dos Estados Unidos”.