Rússia critica contraproposta da Europa para plano de paz: “Não funciona”

O Kremlin disse nesta segunda-feira (24) que a contraproposta da Europa de um plano de paz para a Ucrânia não é construtiva e que simplesmente não funciona para Rússia.

Os Estados Unidos publicaram na semana passada um plano de 28 pontos para a paz no leste europeu. O texto aumentou as preocupações da Ucrânia e entre as potências europeias de que Washington tenha aceitado as principais exigências da Rússia sobre a Otan, o controle do território e a cronologia de qualquer acordo de paz.

Alemanha, França e Reino Unido propuseram mudanças no plano dos Estados Unidos: o plano europeu altera significativamente o sentido e a importância de pontos-chave sobre a Otan e o território, de acordo com uma cópia vista pela Reuters.

 

 

Europeus querem que negociações sobre cessão territorial comecem na atual linha de contato do conflito, ao invés de prever que determinadas partes da Ucrânia (as províncias que formam a região de Donbass, no leste do país e na fronteira com a Rússia) já sejam reconhecidas como território russo, como sugerem os EUA.

Em versão inicial apresentada à Ucrânia, os Estados Unidos propuseram que o efetivo militar do país fosse limitado a 600 mil soldados. Alemães, franceses e britânicos, porém, querem um limite de 800 mil soldados ucranianos em tempos de paz.

O documento europeu também propõe que a Ucrânia receba dos Estados Unidos uma garantia de segurança semelhante à existente no artigo 5 do Tratado da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O artigo mencionado pelos europeus prevê que um ataque armado contra o território de qualquer membro da Otan deve ser considerado um ataque contra todos os países partes do tratado e, por isso, deve resultar em uma reação conjunta — que pode ser militar.

“O plano europeu, à primeira vista… é completamente não construtivo e não funciona para nós”, disse o assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, a repórteres em Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin. disse na sexta-feira (21) que as propostas dos EUA para a paz na Ucrânia poderiam ser a base para uma resolução do conflito, mas que se Kiev recusasse o plano, as forças russas avançariam ainda mais.

Ushakov disse que “nem todas, mas muitas disposições deste plano (dos EUA) parecem bastante aceitáveis ​​para nós”. Ele acrescentou que alguns pontos exigiriam uma discussão mais detalhada.

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