A China propôs o fortalecimento das relações nas negociações com o novo governo alemão, enquanto o principal parceiro comercial europeu de Pequim busca amenizar as tensões sobre as restrições ao comércio de terras raras, que prejudicaram as linhas de produção alemãs.
Pequim realizou uma guinada incomum nas relações com Berlim, desde que a divergência sobre as restrições chinesas à exportação de chips e terras raras levou o ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, a cancelar uma viagem à China em outubro.
“A China e a Alemanha são importantes parceiros econômicos e comerciais”, disse o primeiro-ministro chinês Li Qiang ao chanceler alemão Friedrich Merz, à margem da cúpula do G20 no domingo (23), segundo a mídia estatal.
“Nossos dois governos devem trabalhar juntos para fortalecer o diálogo e a comunicação para tratar adequadamente de suas respectivas preocupações”, disse a Xinhua, citando a segunda maior autoridade da China, antes de propor uma cooperação mais estreita em uma série de setores estratégicos.
Uma reunião entre os dois parecia improvável apenas alguns meses antes, mas com os dois países envolvidos nas consequências da guerra comercial entre os EUA e a China e buscando maneiras de diversificar a partir do principal mercado consumidor do mundo, essas diferenças foram deixadas de lado.
Merz deve visitar a China em breve, onde deve se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping, enquanto o principal diplomata Wadephul concordou com seu colega chinês Wang Yi no início deste mês para reagendar sua viagem à capital chinesa.
Enquanto isso, o ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, reuniu-se com a principal autoridade econômica da China, o vice-primeiro-ministro He Lifeng, na semana passada, para conversações que, segundo os dois países, avançaram nos esforços para superar as tensões comerciais.