A convocação de uma vigília em frente ao condomínio de Jair Bolsonaro, em Brasília, teria sido determinante para a decisão de sua prisão preventiva. A mobilização foi organizada por Flávio Bolsonaro, o que pode resultar em possíveis consequências legais para o senador. Análise é de Luísa Martins ao Agora CNN.
Na decisão que determinou a prisão, Alexandre de Moraes destacou que as manifestações de Flávio Bolsonaro demonstraram um “caráter beligerante” em relação ao poder judiciário, especialmente ao Supremo Tribunal Federal. O magistrado ressaltou que o senador propagou narrativas falsas sobre uma suposta perseguição e “ditadura” da Suprema Corte.
Possíveis desdobramentos
Atualmente, Flávio Bolsonaro não é investigado pelo STF em relação a atos antidemocráticos, inquérito das fake news ou aos eventos de 8 de janeiro de 2023. No entanto, a decisão de Moraes equipara a mobilização convocada pelo senador aos acampamentos formados em 2022, que culminaram em riscos à ordem pública.
Vale ressaltar que Eduardo Bolsonaro, irmão de Flávio, já é réu por crime de coação no curso do processo. A acusação está relacionada a tentativas de obstaculizar investigações sobre a trama golpista que resultou na condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão.
O STF já condenou diversas pessoas que participaram dos acampamentos considerados como ponto de partida para as invasões e depredações das sedes dos três poderes. O prédio do Supremo Tribunal Federal foi o mais danificado durante os ataques.