Líderes do G20 se reúnem na África do Sul neste sábado (22)

A cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, começa neste sábado (21) em Joanesburgo, na África do Sul, após o boicote dos Estados Unidos. 

Tradicionalmente, o fórum discute mudanças climáticas e agenda econômica, mas neste ano, os países reunidos também devem se concentrar em discutir minerais críticos.  

A cúpula visa promover a solidariedade e ajudar as nações em desenvolvimento a se adaptarem a desastres climáticos mais graves, transitarem para a energia limpa e reduzirem custos excessivos de suas dívidas. 

Os países do G20 são vistos como vitais para moldar a resposta ao aquecimento global, já que representam 85% da economia mundial e mais de três quartos das emissões que contribuem para o aquecimento global. 

Líderes que representam 80% da economia mundial, como França, Reino Unido, Japão, Alemanha, Brasil e Índia, estarão presentes.  

Mas figuras políticas importantes não visitarão a África do Sul para a cúpula do G20, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, o líder chinês, Xi Jinping.

Ausência dos Estados Unidos

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não participará da primeira cúpula do G20 na África, alegando que o país anfitrião, anteriormente governado pelo regime do apartheid, segregacionista entre a minoria branca, até 1994, discrimina pessoas brancas. 

Na sexta-feira (21), os enviados do G20 chegaram a um acordo sobre um projeto de declaração dos líderes antes da cúpula em Joanesburgo, na qual vários dos principais pontos da agenda abordam as mudanças climáticas.

O projeto foi elaborado sem buscar o consenso dos EUA, o que um alto funcionário da Casa Branca descreveu como manobra “vergonhosa”

Os Estados Unidos se opuseram a qualquer menção ao clima ou à energia renovável na discussão, e alguns outros membros costumam ser reservados quanto a esses assuntos.

O boicote havia prejudicado os planos do presidente Cyril Ramaphosa de destacar o papel da África do Sul na promoção da diplomacia multilateral.

No entanto, alguns analistas sugeriram que isso poderia beneficiá-la, caso outros membros aderissem à agenda da cúpula e avançassem em uma declaração substancial.

Washington sediará a cúpula do G20 em 2026 e Ramaphosa afirmou que teria que entregar a presidência rotativa a uma “cadeira vazia”. A presidência sul-africana rejeitou a oferta da Casa Branca de enviar o encarregado de negócios dos EUA para a transição do G20.

Analistas veem a ausência dos EUA ou qualquer movimento obstrutivo como uma oportunidade para a África do Sul estreitar os laços com a União Europeia e a China, seus dois maiores parceiros comerciais.  

Embora pareça cada vez mais improvável que a reunião culmine em uma declaração substancial, o primeiro G20 na África serve como vitrine para um continente com economias em rápido crescimento e vasta riqueza mineral. 

FONTE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *