Parcerias que levam a Amazônia ao centro da COP30

O debate climático internacional tem dominado o cenário global e vem sendo moldado não apenas nos salões diplomáticos da Conferência do Clima da ONU (COP), mas também por agentes externos que pressionam, inspiram e influenciam os rumos das decisões.

É nesse ambiente dinâmico e multifacetado que a Hydro, empresa líder em alumínio e energia renovável, se posiciona, fortalecendo parcerias estratégicas com foco em soluções efetivas para a Amazônia.

A estratégia da empresa parte de um princípio claro: as respostas à crise climática precisam integrar pessoas, planeta e possibilidades. Com isso, a Hydro busca criar projetos de impacto em diferentes dimensões – econômica, social, ambiental e cultural, capazes de gerar resultados para a região amazônica e, ao mesmo tempo, ampliar o alcance das discussões em escala global.

 

Espaços que ampliam vozes

Entre as iniciativas que surgem para dar novo fôlego às discussões está a FreeZone Abal, criada pelo Instituto Cultural Arto. O projeto propõe uma alternativa complementar às zonas tradicionais da COP – a Blue Zone, voltada às negociações entre países, e a Green Zone, dedicada às ONGs. A ideia é simples e transformadora: um espaço aberto e gratuito para que a própria sociedade civil tenha voz ativa, aproximando o debate climático da realidade cotidiana de quem vive na região.

A FreeZone também terá um espaço que conduzirá crianças e jovens a uma jornada de discussões de cenários do passado, presente e futuro do planeta, já que eles são os principais herdeiros desses legados e os agentes responsáveis pelas mudanças.

Na mesma linha de promover novas formas de participação em um evento global, a Jornada COP+, organizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), traz a indústria amazônica para o centro da conversa. O movimento busca redesenhar a agenda econômica e social da região a partir da sustentabilidade, articulando atores de diferentes setores e propondo soluções de longo prazo. Um dos destaques é o hackathon sobre mineração de baixo carbono, realizado em setembro, que aproximou startups, pesquisadores e empresas em busca de soluções em tecnologia capazes de reduzir emissões.

 

Juventude, cultura e ancestralidade

Se esses espaços ampliam as vozes de comunidades e setores produtivos, outra frente essencial é a juventude. A Cúpula da Juventude para a COP30 nasce com o objetivo de preparar jovens brasileiros para levar suas demandas ao debate climático. Mais do que um evento preparatório, é um exercício de formação de novas lideranças, conectando o olhar de cada bioma às negociações internacionais e garantindo que o futuro seja construído também por quem o viverá de forma mais intensa.

A valorização da diversidade também aparece na esfera cultural. O Museu das Amazônias (MAZ), desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Secretaria de Cultura do Pará, pretende se tornar um espaço de encontro entre ciência, arte e tecnologia. Inaugurado no início de outubro,  o MAZ terá experiências imersivas e coletivas que traduzem a pluralidade das amazônias — indígenas, quilombolas, ribeirinhas, urbanas e extrativistas —, fortalecendo uma narrativa mais ampla e inclusiva sobre a região.

 

Redes institucionais e novos mercados

Assim como cultura e juventude reforçam a pluralidade do debate, a articulação política também ganha protagonismo. O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal atua como ponte entre os estados da região e a agenda global. Sua presença na Blue Zone, por meio do HUB Amazônia Legal, reúne governadores, cientistas, lideranças comunitárias e representantes do setor privado em torno de soluções integradas, que vão desde a bioeconomia até mecanismos de financiamento climático.

Ao lado desse esforço político, iniciativas de economia criativa demonstram o potencial da região para gerar oportunidades sustentáveis. O projeto Joia da Amazônia, do Instituto Elabora Social, pretende levar para a COP30 o talento da joalheria paraense e da fotografia artística, unindo biodiversidade, saberes tradicionais e inovação contemporânea. Mais do que promover a arte local, a proposta busca inserir produtores e artistas em novos mercados, fortalecendo comunidades e dando visibilidade internacional à riqueza amazônica.

 

Para além do clima

Além dessas frentes de mobilização, outro espaço importante de articulação tem sido o das conferências empresariais e institucionais. É nesse contexto que se insere a Conferência Ethos, realizada em agosto de 2025, com apoio da Hydro. Sob o tema “Impacta COP: Além do Clima”, o encontro trouxe para o centro do debate temas como desigualdade, democracia e fortalecimento institucional, reforçando que não há transição verde sem justiça social, participação cidadã e governança sólida.

 

Um olhar de dentro para fora

Ao apostar em parcerias que transitam entre juventude, cultura, indústria, ciência e política, a Hydro reforça sua visão de que a transição climática só terá êxito se for construída de forma coletiva e conectada.

Essas iniciativas demonstram que os caminhos para a Amazônia — e para o planeta — não estão apenas nas resoluções formais das negociações internacionais, mas também nas articulações paralelas, capazes de inspirar, pressionar e dar escala às soluções.

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