Relembre todos os escândalos que marcaram o Miss Universo 2025

A 74ª edição do concurso deste ano foi marcada por escândalos, incluindo alegações de manipulação e uma grande desistência por parte das concorrentes após um diretor do concurso tailandês repreender uma rainha da beleza, que posteriormente, foi coroada Miss Universo.

O evento é amplamente conhecido como o “Super Bowl” dos concursos de beleza e atrai milhões de telespectadores todos os anos. As delegadas de cada país são selecionadas por meio de concursos locais que licenciam os direitos locais da Organização Miss Universo.

A Tailândia, país anfitrião deste ano, tem uma indústria de concursos de beleza vibrante e lucrativa, com uma das maiores bases de fãs na Ásia, ao lado das Filipinas. O evento deste ano contou com representantes de mais de 120 países.

Nadeen Ayoub se tornou a primeira mulher a representar o povo palestino no concurso. “Eu represento toda mulher e criança palestina cuja força o mundo precisa ver”, escreveu ela no Instagram.

A competição aconteceu ao longo de três semanas, com as delegadas viajando pelo país para ensaiar e participar de eventos.

Na quarta-feira (19), as rainhas da beleza competiram no desfile de trajes típicos nacionais, no qual as concorrentes usaram roupas extravagantes projetadas para destacar seus países de origem. A Miss EUA, Audrey Eckert, fez uma homenagem à sua terra natal com um elaborado traje de águia careca, criado por Simon Villalba.

A candidata da Jamaica, Gabrielle Henry, sofreu uma queda assustadora durante a rodada de vestidos de gala nas preliminares de quarta-feira e foi levada em uma maca, de acordo com vídeos nas redes sociais que circularam sobre sua queda. O presidente do Miss Universo, Raul Rocha, informou em uma atualização no Instagram que Henry estava “sob bons cuidados” no hospital e que não havia fraturado nenhum osso.

Controvérsias no concurso

A competição deste ano do Miss Universo foi marcada por escândalos, o que gerou discussões sobre os méritos do concurso internacional de beleza, que se diz promover o empoderamento feminino.

Em uma reunião transmitida ao vivo antes do concurso, no início deste mês, o diretor do Miss Universo Tailândia, Nawat Itsaragrisil, repreendeu publicamente a Miss México, Fátima Bosch, por não postar conteúdo promocional suficiente, chamando-a aparentemente de “burra”, embora Nawat tenha negado, insistindo que, na verdade, a acusou de causar “dano”.

Após Bosch reagir contra os insultos, Nawat chamou a segurança para escoltá-la para fora da sala. Outras concorrentes então se levantaram e saíram em solidariedade.

O incidente gerou amplas alegações de misoginia e gerou uma reação global, incluindo da presidente do México, Claudia Sheinbaum, que descreveu o episódio como uma “agressão” que Bosch lidou com “dignidade”.

A Organização Miss Universo condenou o comportamento de Nawat e limitou seu papel no concurso. Nawat se desculpou em uma cerimônia de boas-vindas transmitida ao vivo e se recusou a comentar mais sobre o incidente à CNN.

Em seguida, em um vídeo ao vivo no Instagram discutindo o incidente, a Miss Universo 1996, Alicia Machado, gerou uma reação negativa com comentários racistas.
Machado se referiu a Nawat como “aquele chinês desprezível”, e quando um comentarista apontou que ele era tailandês, Machado disse: “Chinês, tailandês, coreano. Para mim, todas essas pessoas com os olhos puxados assim são todos chineses“, enquanto puxava os cantos dos olhos.

O representante de Machado não respondeu a um pedido de comentário da CNN.

Juiz desiste e diz que o concurso foi manipulado

Dois juízes desistiram abruptamente da competição dias antes da coroação da vencedora, com um acusando o concurso de ser manipulado. O compositor Omar Harfouch disse no Instagram que havia renunciado ao painel de juízes de oito membros, e alegou que havia um painel secreto de juízes que já havia pré-selecionado as 30 melhores concorrentes antes da final.

“Eu não poderia ficar diante do público e das câmeras de televisão, fingindo legitimar um voto no qual nunca participei”, disse Harfouch em uma declaração.

A Organização Miss Universo disse que as alegações de Harfouch “caracterizam incorretamente” o processo de julgamento. “A Organização Miss Universo esclarece firmemente que nenhum júri improvisado foi criado, que nenhum grupo externo foi autorizado a avaliar as delegadas ou selecionar finalistas, e que todas as avaliações da competição continuam a seguir os protocolos estabelecidos, transparentes e supervisionados da MUO”, disse a organização em um comunicado. A Organização Miss Universo não respondeu a um pedido de comentário da CNN.

Um segundo juiz, o ex-jogador de futebol francês Claude Makélélé, desistiu no mesmo dia, citando “razões pessoais imprevistas”. “Eu tenho o maior respeito pelo Miss Universo”, disse ele no Instagram.

A Organização Miss Universo passou por uma mudança de liderança após a saída da magnata dos meios de comunicação tailandesa Anne Jakkaphong Jakrajutatip em junho. Mario Búcaro foi nomeado o novo CEO no final de outubro, poucos dias antes da chegada das delegadas. Jakkaphong, que também é defensora dos direitos dos transgêneros, comprou a organização por US$ 20 milhões em 2022, mas sua empresa entrou em falência em 2023.

A piauiense Maria Gabriela Lacerda, 22, representante do Brasil no Miss Universo 2025, foi eliminada do concurso antes de chegar ao top 12, mas foi escolhida entre as 30 finalistas. Entre as 122 concorrentes, a competição se organiza em TOP 30, TOP 12 e TOP 5, antes de anunciar a grande campeã: Fátima Bosch, do México.

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