Análise: Mudança da posição de Trump no caso Epstein é para conter danos

A Câmara dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que exige a divulgação completa dos arquivos relacionados à investigação sobre Jeffrey Epstein. A medida, que anteriormente enfrentava resistência do governo republicano, agora avança com uma nova postura de Donald Trump sobre o caso. A análise é de Fernanda Magnotta, no CNN 360º.

“Trump vem sofrendo alguns revezes, que passam por críticas públicas de aliados, diminuição no nível de aprovação, dificuldade de avançar com pautas que foram importantes para sua eleição”, relata Magnotta.

A mudança de posicionamento de Trump é vista como uma estratégia de contenção de danos. “Esse cenário desfavorável das últimas semanas fez com que o presidente Trump reavaliasse sua postura pública e mudasse de posição”, ela explica.

Gestão de Crise

A equipe de gestão de crises está trabalhando em duas frentes principais. A primeira busca relativizar possíveis menções a Trump nos documentos, preparando argumentos que possam contestar eventuais indícios de irregularidades. A segunda estratégia visa estabelecer um embate com os democratas, considerando a possibilidade de que lideranças da oposição também possam ser citadas nos documentos.

O projeto deve receber aprovação no Senado, que possui maioria republicana. A nova postura de Trump, que inclui um aceno à transparência, representa uma tentativa de controlar a narrativa e “de certa maneira, se antecipar ao que pode aparecer com essas revelações”.

“É bastante provável que a equipe de gestão de crises da Casa Branca e do presidente Trump esteja trabalhando em duas frentes, primeiro a que tenta relativizar o eventual aparecimento dele nesses documentos […] e o segundo caminho é tentar promover o ‘toma-lá-dá-cá’ com os democratas”, afirma a analista.

A mudança de estratégia ocorre em um momento em que Trump é chamado de “lame duck” (pato manco) por alguns analistas políticos, que preveem resultados negativos nas eleições de meio de mandato. Esse cenário poderia dificultar sua governabilidade nos próximos dois anos.

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