O impasse na votação do projeto do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado — que tem como base o PL Antifacção — tem gerado tensões entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O analista de Política Pedro Venceslau analisou, no CNN 360º, que aliados de Hugo minimizam qualquer desgaste na relação entre ambos.
Os apoiadores de Motta têm manifestado insatisfação com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, apontando que o parlamentar precisa moderar suas críticas ao Congresso Nacional.
“O governo não tem votos para aprovar suas agendas, e quem se tornar adversário de Hugo Motta pode enfrentar dificuldades”, destacou o analista sobre as falas dos aliados do presidente da Câmara.
Na Paraíba, onde existe um acordo para que Lula apoie o prefeito de Patos, Nabor Vanderlei (Republicanos), pai de Hugo, na disputa pelo Senado, aliados avaliam que apesar da popularidade do presidente no estado, sua capacidade de transferir votos é limitada.
Eles também minimizam a importância do PT na Paraíba, classificando como um partido de pequena expressão no estado. E afirmam ainda que a manutenção ou não do acordo político não é motivo de preocupação para o grupo.