Chefe do Clima da ONU cobra avanço urgente para reta final da COP30

O secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), Simon Stiell, fez um apelo aos países participantes da COP30 no sábado (15) para que intensifiquem seus esforços e busquem consensos cruciais nos momentos finais da conferência climática em Belém.

“Sei que estão cansados, mas mais uma vez peço que avancem ainda mais. Afinal, o Acordo de Paris é de vocês para preservar e colocar em prática. São suas populações que se beneficiarão”, afirmou Stiell, reforçando o senso de urgência diante do avanço das negociações.

Com a chegada iminente dos ministros de Estado de diversos países, Stiell ressaltou a necessidade de concluir o trabalho técnico e consolidar avanços em todas as áreas das negociações para facilitar o trabalho político a partir de agora.

“Para receber, é preciso dar, e honestamente, precisamos dar mais. Questões que talvez não sejam prioridade para vocês são evidentes para outras nações. O processo tem entregue resultados fortes nas últimas COPs, e esta não pode ser diferente”, destacou.

O secretário enfatizou, ainda, que o sucesso da COP30 depende da capacidade dos países em ouvir e compreender as prioridades alheias, buscando convergências para garantir resultados concretos que demonstrem a eficácia do Acordo de Paris.

“É hora de encontrar uns aos outros nos corredores, de buscar diálogo. Os temas críticos para um resultado equilibrado e concreto estão claros, mas não está claro se todos estão preparados para sentar à mesa sobre eles. Precisamos avançar rápido.”

Stiell também falou sobre os sinais que cobram ação imediata: os protestos nas ruas, as tempestades que atingem inúmeros países e a perspectiva de um mundo mais quente, mais pobre e menos saudável.

“Não há tempo para esperar. Precisamos retomar o trabalho.”

A COP30, realizada em Belém, entra a partir desta semana em sua reta final, com o evento previsto para terminar na próxima sexta-feira (21), ainda longe do consenso.

As diferenças não foram resolvidas ao longo da primeira semana e deixa quatro pontos de grande diferença entre países ricos e pobres:

  1. financiamento climático;
  2. proteção comercial com argumento ambiental;
  3. diferença na ambição dos países com relação às metas climáticas; e
  4. dúvidas sobre a transparência e critérios dos dados.

*Com informações de Fernando Nakagawa, da CNN

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