O Banco da Inglaterra manteve a taxa de juros inalterada nesta quinta-feira (6), mas uma votação apertada e sinais de que o presidente da autoridade monetária britânica, Andrew Bailey, poderá em breve se juntar àqueles que buscam um corte mantêm a porta aberta para uma mudança após o orçamento do governo no final deste mês.
Ciente da taxa de inflação ainda alta do Reino Unido, o Comitê de Política Monetária, composto por nove membros, votou por 5 a 4 para manter a taxa básica de juros do banco central em 4,0%, informou o Banco da Inglaterra.
A maioria dos economistas consultados pela Reuters na semana passada previu uma decisão pela manutenção por 6 votos a 3.
Embora Bailey estivesse entre aqueles que decidiram manter os juros inalterados, ele foi o único dos cinco que considerou que os riscos gerais de inflação haviam diminuído.
Entretanto, ele achava que havia “valor em esperar por mais evidências” disso nos próximos desdobramentos econômicos deste ano, disse o Banco da Inglaterra.
A inflação britânica de 3,8% continua sendo a mais alta entre as principais economias avançadas do Grupo dos Sete e a taxa de juros de referência do Banco da Inglaterra é o dobro da taxa do BCE (Banco Central Europeu), o que aumenta o desafio para o governo britânico de acelerar a economia.
Entretanto, a inflação se manteve inesperadamente estável em setembro e os dados recentes sobre empregos também sugeriram um enfraquecimento das pressões sobre os preços.
O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra disse que acredita que a inflação atingiu seu pico e que cairá nos dados de outubro e novembro, já que o crescimento econômico mais fraco e a piora do mercado de trabalho afetaram a demanda.
“Ainda achamos que as taxas estão em uma trajetória gradual de queda, mas precisamos ter certeza de que a inflação está no caminho certo para retornar à nossa meta de 2% antes de reduzi-las novamente”, disse Bailey.