“Tremembé”, nova produção brasileira da Prime Video, retrata o cotidiano de alguns dos criminosos mais conhecidos do Brasil. A obra é baseada em dois livros do jornalista Ullisses Campbell, com os relatos da penitenciária de Tremembé (SP).
Logo nos primeiros minutos da série, acompanhamos como Suzane von Richthofen conseguiu mudar de cadeia e o que teria acontecido nos bastidores dessa decisão.
O livro “Assassina e Manipuladora”, do mesmo autor da série, mostra a perseguição que Suzane sofreu dentro da penitenciária e o suposto envolvimento da criminosa com o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves, que determinou a ida dela para Tremembé.
Como Suzane conheceu Eliseu?
Eles se conheceram após Suzane fazer uma denúncia ao Ministério Público, alegando que estava sendo ameaçada de morte por outras detentas da Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto. Semanas após a queixa, a criminosa avistou o promotor andando pelos corredores do local e o pediu ajuda dizendo que queriam matá-lá, sendo assim o primeiro contato entre os dois.
Outros relatos de funcionários ditos no livro dizem que Eliseu via Suzane com outros olhos, e que a partir do momento que se conheceram os encontros se tornaram mais frequentes.
Encontros no gabinete
Depois de apurar as ameaças, ele teria confirmado que Maria Bonita, uma das detentas tinha, sim, interesse em matar Suzane. Depois, Eliseu marcou uma audiência com ela.
Recebida com um “beijinho no rosto”, Suzane passou cerca de 10 horas no gabinete dele, sempre algemada. Conversaram sobre o assassinato dos pais dela, Marísia von Richthofen e Manfred von Richthofen, e no final da audiência voltou a falar sobre as ameaças no presídio de Ribeirão Preto e implorou por uma transferência.
Segundo o livro, o promotor respondeu que poderia ajudar, mas teria feito um pedido incomum: “Um beijo”. Suzane então teria reagido com ironia, dizendo: “Primeiro a transferência, depois o pagamento”.
Transferência para “Tremembé”
Três semanas depois, a transferência de Suzane para Tremembé foi autorizada. Porém, faltando poucos dias da mudança, ela foi novamente levada ao Ministério Público e, ao chegar no gabinete, foi recebida com luzes coloridas e músicas românticas.
Por fim, a Corregedoria Geral do Ministério Público Estadual decidiu aplicar uma pena de suspensão de 22 dias ao promotor Eliseu José Berardo Gonçalves, de Ribeirão Preto (SP), por “tentar seduzi-la dentro da Promotoria”. Em defesa, o promotor afirmou que muitas das provas colhidas eram falsas e que pessoas “mentiram descaradamente”.