O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retomada de testes nucleares, interrompidos há 33 anos pelos Estados Unidos, alegando que outros países também realizam.
A declaração gerou imediata reação de potências nucleares como China e Rússia, sinalizando uma possível nova era de corrida armamentista nuclear.
Trump afirmou que os testes serão realizados “em igualdade de condições” e terão início imediatamente.
“Nós temos mais armas nucleares do que qualquer outro país. Não fazemos testes há muitos anos, mas com outros fazendo testes, acho mais adequado que nós também façamos”, declarou.
Tensões entre potências nucleares
A China manifestou preocupação com as declarações americanas, enquanto Moscou elevou o tom ao anunciar que também realizará testes nucleares caso os EUA prossigam com seus planos.
O cenário se agrava com recentes demonstrações de força militar pela Rússia, que realizou testes com o míssil Burevetsnik e o torpedo Poseidon em um intervalo de sete dias.
O arsenal nuclear global permanece concentrado principalmente entre Rússia, que possui mais de 5 mil ogivas nucleares, e Estados Unidos.
A China, embora esteja expandindo seu arsenal, parte de uma base menor, com aproximadamente 500 ogivas, número que vem crescendo aceleradamente nos últimos anos.
Especialistas alertam que a retomada de testes nucleares pelos EUA pode desencadear uma nova corrida armamentista global.
Desde 1996, apenas Índia, Paquistão e Coreia do Norte realizaram testes nucleares, totalizando 10 detonações. Entre 1945 e 1996, foram realizados cerca de 2 mil testes nucleares, sendo 1.032 pelos Estados Unidos e 715 pela então União Soviética.