Keiko Fujimori, filha do falecido ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, anunciou nesta quinta-feira (30) que concorrerá à presidência nas eleições peruanas de abril.
A declaração acontece dias depois que o Tribunal Constitucional do país ter rejeitado uma ação por lavagem de dinheiro contra ela.
Fujimori concorreu nas três últimas eleições presidenciais do Peru, terminando em 2º lugar em todas elas.
Sua última candidatura foi em 2021, quando foi derrotada pelo esquerdista Pedro Castillo, que posteriormente sofreu impeachment e foi preso no final de 2022 após tentar dissolver o Congresso.
Fujimori havia perdido a eleição de 2016 para o economista de centro-direita Pedro Pablo Kuczynski, depois de ter perdido a votação de 2011 para o oficial militar reformado Ollanta Humala.
Esta será a primeira campanha de Fujimori desde a morte de seu pai, em setembro de 2024, meses após ser libertado da prisão por indulto humanitário.
Ele cumpriu 16 anos de uma sentença de 25 anos por violações dos direitos humanos durante seu governo, entre 1990 e 2000.
Na semana passada, o Tribunal Constitucional do Peru arquivou uma investigação contra Keiko Fujimori por supostos fundos ilegais de campanha em 2011 e 2016, alegando que as acusações de lavagem de dinheiro foram incluídas no Código Penal peruano em novembro de 2016 e não podem ser aplicadas retroativamente.
Fujimori passou quase 17 meses em prisão preventiva durante o período da investigação, segundo o tribunal.
Em janeiro deste ano, um tribunal anulou um julgamento anterior, devolvendo o caso à fase de investigação.
Os promotores haviam pedido uma pena de 35 anos, alegando que o partido de Fujimori e seus associados receberam até US$ 17 milhões de fontes como a empresa brasileira Odebrecht (atual Novonor) e a holding financeira peruana Credicorp.