Garman: quanto EUA estão dispostos a oferecer nas negociações com o Brasil

O Brasil demonstra abertura para negociações comerciais com os Estados Unidos, especialmente em áreas estratégicas como minerais críticos e ajustes tarifários. No entanto, o avanço das tratativas dependerá significativamente das propostas que os americanos estão dispostos a apresentar.

Durante sua participação no WW, Christopher Garman, diretor-executivo da Eurasia Group, indica que há espaço para um acordo envolvendo minerais críticos, área que desperta interesse brasileiro devido à tecnologia americana disponível. “Vale ressaltar que a China, outro parceiro importante, não demonstra o mesmo interesse em processamento e investimento neste setor no Brasil”, relembra o especialista.

Limitações e possibilidades

Embora a legislação brasileira não permita acesso preferencial para empresas americanas, existe a possibilidade de estabelecer acordos bilaterais. “No campo tarifário, o Brasil pode fazer concessões em produtos específicos, como etanol, mas mantém uma postura cautelosa quanto a cedências mais amplas”, afirma Garman.

O cenário atual mostra que o Brasil mantém uma posição confortável nas negociações, não demonstrando urgência em fechar acordos a qualquer custo. “As discussões continuam em andamento, mas a conclusão de um acordo abrangente permanece incerta, dependendo principalmente da disposição americana em oferecer contrapartidas satisfatórias nas áreas de barreiras não tarifárias e redução de tarifas em diversos produtos”, conclui o especialista.

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