Os Estados Unidos intensificaram suas operações militares no Caribe e, mais recentemente, no Pacífico, alegando combate ao narcotráfico. No entanto, especialistas levantam questionamentos sobre a real eficácia e propósito dessas ações, que até o momento não apresentaram evidências concretas de apreensão de drogas.
As operações, que inicialmente se concentravam no Caribe como forma de pressão sobre a Venezuela, expandiram-se para o Pacífico nos últimos dias. Das embarcações atacadas, apenas uma era um submarino, e nenhuma apresentou provas conclusivas de transporte de substâncias ilícitas.
Questões sobre localização e legalidade
Embora os Estados Unidos afirmem que os ataques ocorrem em águas internacionais, a localização precisa das operações não foi divulgada. Análises sugerem que algumas ações podem ter ocorrido dentro da zona econômica exclusiva da Venezuela e até mesmo em seu mar territorial, o que configuraria violação de soberania.
A presença militar americana na região inclui bombardeiros estratégicos B-52 e B-1 Lancer, que permaneceram por horas no espaço aéreo próximo ao território venezuelano. James Thorpe, ex-embaixador dos EUA na Venezuela, indicou que, embora as forças presentes não sejam suficientes para uma invasão, poderiam neutralizar as defesas aéreas locais.
Metodologia questionável
Especialistas apontam que o combate ao narcotráfico tradicionalmente é realizado pela guarda costeira, com abordagens que permitem investigações detalhadas sobre as redes de distribuição. O método atual, com ataques diretos a embarcações, diverge significativamente dessa prática estabelecida.